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Votos de minoritários da Petrobras rejeitam Silva e Luna

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Votos de minoritários da Petrobras rejeitam Silva e Luna

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Entre os candidatos ao conselho de administração (CA), Marcelo Gasparino, nome vinculado aos investidores, saiu na frente Os votos recebidos até o momento pela Petrobras, relativos aos votos a distância da assembleia geral extraordinária (AGE) de acionistas, de segunda-feira (5), mostram uma rejeição dos minoritários à troca no comando da companhia e ao nome do general da reserva, Joaquim Silva e Luna. Entre os candidatos ao conselho de administração (CA), Marcelo Gasparino, nome vinculado aos investidores, saiu na frente por uma das oito cadeiras em disputa. Os votos apurados até o momento, porém, frustraram as expectativas dos minoritários, que tentam aumentar a representatividade no colegiado.

Esse é o resultado parcial da eleição do conselho da estatal, com base no mapa sintético divulgado pela empresa, com as instruções de votos recebidos por meio do boletim de voto a distância. Ao todo, acionistas detentores de 10,67% das ações ordinárias votaram antecipadamente – ou seja, ainda há espaço para reviravoltas na disputa, principalmente porque os votos da União, acionista controlador da Petrobras, ainda não foram contabilizados.

O conselho da Petrobras é composto por 11 cadeiras, mas a eleição de segunda-feira vale para oito delas. Ao todo, 12 candidatos concorrem ao pleito, sendo oito deles indicados pela União e quatro pelos acionistas minoritários.

Na quinta-feira (8), a Petrobras informou que recebeu a solicitação do sistema de voto múltiplo – o que, na prática, permite aos acionistas votarem em nomes alternativos à chapa apresentada pela União. O banqueiro Juca Abdalla foi o último a entrar no páreo, como a quarta indicação dos minoritários para o pleito. Até então, já haviam sido indicados pelos investidores os nomes de Leonardo Antonelli (conselheiro da Petrobras eleito em 2020, também por meio do voto múltiplo, e que tenta a recondução); Marcelo Gasparino; e Pedro de Medeiros.

Eles concorrerão com os oito nomes indicados pela União: o engenheiro Ruy Schneider e o almirante Eduardo Bacellar (presidente do conselho), que concorrem à recondução; o general Joaquim Silva e Luna, a administradora Sonia Villalobos, a advogada Ana Matte e o trio Murilo Marroquim, Márcio Weber e Cynthia Silveira, oriundos do setor de óleo e gás.

Sinais contraditórios
Uma fonte ligada aos minoritários, porém, diz que o sentimento foi de estranheza com os sinais contraditórios dados pelos investidores na votação à distância: a maioria votou a favor do voto múltiplo, mas, ao mesmo tempo, houve uma forte diluição na distribuição dos votos, inclusive entre as indicações da União. Numa eleição desse tipo, é comum que os investidores se concentrem em poucos nomes, para contrabalançar o peso do acionista controlador e, assim, fazer frente à concorrência com os nomes indicados pelo governo.

A votação parcial contradiz em parte as orientações da Institutional Shareholder Services (ISS), agência estrangeira de orientação de votos a acionistas em companhias abertas, que recomendou a votação nos indicados por acionistas minoritários.

De acordo com o mapa sintético com os resultados do boletim de voto a distância, apresentado pela Petrobras, Gasparino saiu na frente com o apoio de detentores de 82,2 milhões de ações. A distância entre os concorrentes, porém, foi apertada: Medeiros, também indicado pelos investidores, recebeu votos correspondentes a 70,5 milhões de ações, seguido de Sonia Villalobos (70,09 milhões de ações); Weber (70,08 milhões de ONs); Schneider (70,07 milhões); Marroquim (70,05 milhões); Cynthia Silveira (70,04 milhões); Ana Matte (69,99 milhões); Antonelli (69,91 milhões de votos). Os militares Bacellar e Silva e Luna foram os menos votados, com votos equivalentes a 68,4 milhões de ações cada. O quadro, porém, deve se reverter na medida em que sejam computados os votos da União. Como só teve sua indicação oficializada ontem, Abdalla não recebeu votos e corre por fora.

A expectativa é que haja competição não só entre a União e minoritários, pelas cadeiras vagas no CA, como também entre os próprios investidores. Até ontem, havia um otimismo entre os minoritários com a possibilidade de elegerem entre dois e três nomes, ampliando para até cinco o número de representantes no CA da Petrobras – incluindo os atuais conselheiros Rodrigo de Mesquita e Marcelo Mesquita. O cenário mais extremo, em que três candidatos dos investidores sejam eleitos, poderia, na interpretação de parte dos investidores, levar ao aumento das cadeiras no conselho de onze para treze, de forma que a União mantivesse, assim, sua posição de maioria.

A interpretação é baseada no estatuto social da petroleira, que diz que, sempre que houver eleição do CA por voto múltiplo, “será assegurado à União o direito de eleger conselheiros em número igual ao dos eleitos pelos demais acionistas e pelos empregados, mais um”, independentemente do limite de onze cadeiras prevista no art. 18 do estatuto. Há, no entanto, quem veja nas diretrizes da Lei das SA um impeditivo, já que a legislação diz que o CA de empresas estatais e de economia mista devem observar o número mínimo de sete e o número máximo de onze membros.

Segundo a fonte ligada aos minoritários, os votos parciais sugerem que pode ter havido confusão de investidores, sobretudo estrangeiros, na hora de lançar seus votos no sistema. A percepção entre os acionistas, afirmou, é de que a missão de ampliar o número de representantes no CA ficou mais difícil.

A votação parcial revela também que a maior parte dos acionistas rejeita a destituição de Castello Branco: a troca foi rejeitada por detentores de 778,21 milhões de ações. As abstenções e aprovação totalizaram, por sua vez, 16,25 milhões ações.

A assembleia do dia 12 de abril foi convocada com o objetivo de destituir o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e eleger Silva e Luna para o conselho – pré-requisito para que o militar seja efetivado, posteriormente, como presidente da estatal.

A eleição para oito das onze cadeiras do conselho se dá porque o atual presidente da empresa foi eleito conselheiro por meio do mecanismo de voto múltiplo. Pelas regras, a saída de qualquer membro escolhido dessa forma implica na destituição dos demais conselheiros eleitos pelo mesmo processo e na necessidade de um novo pleito. Rosângela Buzanelli (representante dos empregados) e Rodrigo de Mesquita e Marcelo Mesquita (eleitos pelos minoritários em voto separado) são os únicos que não se enquadram nesse caso.

A expectativa é que haja uma renovação do colegiado porque quatro membros do atual conselho (João Cox Neto, Nivio Ziviani, Omar da Cunha Sobrinho e Paulo Cesar de Souza e Silva) decidiram não disputar a recondução ao cargo. A decisão ocorreu em meio à interferência do presidente Jair Bolsonaro na troca do comando da estatal.

Nas eleições de 2020, os minoritários já haviam conseguido aumentar a representatividade no conselho, de duas cadeiras para três. Agora, tentam emplacar mais nomes. Fundos ligados ao Banco Clássico, de Juca Abdalla, e ao RPS Capital indicaram Marcelo Gasparino como candidato. O Banco Clássico também apoia Antonelli e o próprio Abdalla. Pedro Medeiros, por sua vez, foi indicado pelas gestoras Absolute Gestão de Investimentos, AZ Quest Investimentos, Kapitalo Investimentos, Moat Capital, Navi Capital, Oceana Investimentos e Solana Gestora de Recursos.

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