Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia: homens descuidaram da saúde na pandemia
No contingente masculino entrevistado, 75% tinham mais de 40 anos e 55% deixaram de ir ao médico ou abandonaram o tratamento A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realizou, mês passado, um levantamento para medir o impacto da pandemia na saúde e como isso também atingiu a especialidade. Cerca de 500 pessoas de 22 estados responderam a um questionário on-line: pouco mais de 77% eram homens e quase 23%, mulheres. Os dados mostraram que 88% desse total se sentiram afetados. No contingente masculino, 75% tinham mais de 40 anos e, desse grupo, 55% deixaram de ir ao médico ou abandonaram o tratamento nesse período.
Levantamento sobre cuidados na pandemia: entre os homens, 75% tinham mais de 40 anos e, desse grupo, 55% deixaram de ir ao médico ou abandonaram o tratamento
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Novembro é o mês de conscientização sobre o câncer de próstata e a estimativa para 2020 é de 65.840 novos casos, com 15.576 mortes relacionadas à doença. O quadro reforça a importância da prevenção mesmo durante uma crise sanitária como a que estamos vivendo. O tumor da próstata não costuma apresentar sintomas em fases iniciais – justamente quando, em 90% dos casos, pode ser curado. Sintomas como vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina ou no sêmen indicam estágios avançados da enfermidade. Entretanto, se 38% haviam ido pelo menos uma vez ao urologista, 27% ainda não tinham se consultado e 3% alegavam que nunca procurariam um especialista.
O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no mundo. O principal fator de risco é a idade: 75% dos casos ocorrem a partir dos 65 anos. A maioria dos tumores cresce de forma lenta e pode até não dar sinais durante toda a vida, mas raça e histórico familiar são importantes: quem é negro, ou tem pai (ou irmão) diagnosticado com câncer de próstata antes dos 60, tem o risco aumentado de três a dez vezes. A recomendação da SBU é de que, a partir de 50 anos, todos devem procurar um profissional especializado para uma avaliação, mesmo sem apresentar sintomas. Quem for do grupo de risco deve se submeter a exames a partir dos 45 anos.