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Trajetória de Susana Guerra no IBGE começou e termina com polêmicas em torno do Censo

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Trajetória de Susana Guerra no IBGE começou e termina com polêmicas em torno do Censo

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Quando assumiu o cargo, trabalhou pelo enxugamento das perguntas do questionário, tornando-se alvo de funcionários de carreira do IBGE; agora, ela sai após corte superior a 90% no orçamento da pesquisa A gestão da economista Susana Guerra à frente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou e terminou com polêmicas sobre o Censo Demográfico. Nas duas ocasiões, entretanto, a demissionária se viu em posições distintas. A partir de fevereiro de 2019, quando assumiu o cargo por indicação do ministro Paulo Guedes, Susana trabalhou pelo enxugamento das perguntas do questionário realizado a cada dez anos. Então, se tornou alvo de antecessores e funcionários de carreira do IBGE, que apontavam possível perda de qualidade nos dados aferidos. Dois anos e um mês depois, a economista deixa a instituição após o corte superior a 90% no orçamento da pesquisa e após não ser amparada pelo Ministério da Economia, que silenciou à respeito.

Embora tenha alegado “motivos pessoais e de família” para a decisão de deixar o IBGE, o anúncio vem exatamente um dia depois da confirmação do novo orçamento, que saiu da previsão de R$ 2 bilhões para uma dotação efetiva de R$ 71 milhões. Some-se a isso a recente discussão sobre as condições ou não de se realizar o Censo em meio à pandemia. Observadores familiarizados com o instituto apontaram os riscos de se ter recenseadores circulando de casa em casa, como potenciais vetores de transmissão do coronavírus. A decisão de Susana, no entanto, fora a de manter a operação respeitadas boas práticas sanitárias.
Leia mais: IBGE anuncia saída de Susana Guerra da presidência

Biografia constante do próprio site do IBGE antes do pedido de demissão definia Susana como a presidente mais jovem do IBGE, aos 37 anos, e a segunda mulher a ocupar o cargo — após Wasmália Bivar. “Durante seu mandato, [Susana] concentrou os esforços de gestão na modernização do instituto, na preparação para o Censo Demográfico, na cooperação técnica com instituições multilaterais e na adaptação do trabalho durante a pandemia de covid-19”, diz o texto.

Destaques de sua gestão
A previsão inicial era de que o Censo acontecesse entre agosto e outubro de 2020, mas houve adiamento em função da pandemia. Agora, o levantamento pode não acontecer de novo este ano. Certo é que não terá o comando de Susana. Os destaques positivos de sua passagem, portanto, se restringem aos esforços de modernização e cooperação internacional.

Em junho de 2019, por exemplo, a economista formalizou acordo de cooperação técnica com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com o objetivo de avançar a tecnologia de coleta, supervisão e avaliação de dados do instituto, por meio de ferramentas como aplicativos, plataformas on-line e telefonia celular. O fato foi noticiado pelo Valor.

Como outra marca positiva, Susana também deixa uma versão mais enxuta da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD Covid-19, com levantamentos semanais e mensais sobre mercado de trabalho, difusão do auxílio emergencial e o inédito inquérito epidemiológico sobre a doença. O esforço, que durou de maio a novembro, permitiu ao governo e instituições de pesquisa ter um acompanhamento pari passu da economia brasileira durante a primeira onda da pandemia.

Nenhuma dessas ações, no entanto, fizeram a ex-presidente do IBGE, discreta e de perfil técnico, ganhar maior exposição do que a polêmica do enxugamento do Censo, que chegou ao auge em julho de 2019, quando ela foi convocada a dar explicações na Câmara dos Deputados. A decisão de reduzir os questionários fora tomada em maio daquele ano.

Em meio à crise, em 7 de junho daquele ano, Susana falou a jornalistas na portaria da garagem do prédio do Ministério da Economia, no Rio de Janeiro. Havia suspeita de que ela entregaria o cargo devido à pressões internas no instituto, após cinco gestores deixarem seus postos por discordâncias ao novo formato. Na noite daquela sexta-feira, na antiga sede da Fazenda Federal, Susana disse que as alterações — corte de 32% dos itens do questionário — seriam mantidas e inaugurou o argumento de que as teria feito mesmo sem os cortes orçamentários de então, promovidos com anuência de Guedes.

Corte no orçamento
Ainda sem saber o que 2021 prometia, a direção do IBGE estudava formas de reduzir o orçamento do censo para R$ 2,3 bilhões ante os R$ 3,4 bilhões inicialmente previstos. Essa redução tinha sido estipulada a partir de consultas ao Ministério da Economia e ao Tesouro Nacional. Naquele dia, Susana reforçou que estava ali para uma agenda positiva com o ministro, a respeito dos acordos tecnológicos. O arranjo não se repetiu nesta sexta-feira (26).

Currículo
Antes de assumir o IBGE, informou a instituição, Susana atuou como Economista do Banco Mundial, onde trabalhou com pesquisa e avaliação de impacto de projetos em mais de 30 países na África, América Latina e Ásia. Ela já havia trabalhado com o Banco Mundial antes, como consultora de projeto na Tanzânia em 2013. De 2003 a 2005, conduziu pesquisas de campo e análises sobre o impacto da descentralização fiscal nos indicadores de saúde e educação na Região do Leste Asiático, além de avaliar outros projetos e programas financiados pela instituição em países como China, Indonésia, Filipinas, Tailândia, Vietnã e Camboja.
Susana Guerra é PhD em Ciência Política pelo Massachusetts Institute of Technology, mestre em Administração Pública e Desenvolvimento Internacional pela Harvard Kennedy School e graduada em Estudos Sociais pela Harvard College. Entre seus tópicos de pesquisa estiveram a reforma do Estado, descentralização fiscal e administrativa e fortalecimento da capacidade organizacional do setor público.

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