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Brasileiro é um dos premiados com Ig Nobel por pesquisa sobre beijos e desigualdade de renda

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Brasileiro é um dos premiados com Ig Nobel por pesquisa sobre beijos e desigualdade de renda


Grupo internacional venceu a premiação de estudos inusitados na categoria Economia. Mulher fotografa um novo mural surgido na Bank Street em Glasgow, na Escócia, que mostra um casal abaixando as máscaras para trocar um beijo. A obra é de autoria do artista de rua conhecido como Rebel Bear
Andrew Milligan/PA via AP
O brasileiro Marco Antônio Corrêa Varella foi um dos premiados do Ig Nobel de 2020, na categoria de Economia, com uma pesquisa sobre a relação entre desigualdade social de vários países e a quantidade média de beijos na boca.
O Ig Nobel premia os fatos mais inusitados ou irrelevantes da ciência mundial. São distribuídos, ao todo, 10 prêmios de diferentes categorias. O evento, que geralmente é feito em um teatro da Universidade de Harvard, neste ano foi transmitido on-line devido à pandemia da Covid-19. A premiação ocorreu na última quinta-feira (17).
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Varella, que faz o segundo pós-doutorado em etologia (estudo do comportamento humano) no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), assinou o estudo ao lado de cientistas da Escócia, Polônia, França, Chile, Colômbia, Austrália e Itália. De acordo com seu currículo lattes, Varella tem experiência em etologia, psicologia experimental e biologia evolutiva.
O grupo internacional publicou um artigo sobre o assunto no periódico “Scientific Reports” em 2019, intitulado “Desigualdade de renda nacional prevê a variação cultural no beijo na boca”.
Os pesquisadores entrevistaram de forma on-line mais de 3 mil pessoas de 13 países, em seis continentes. Na análise, eles consideraram as taxas de riqueza absoluta (PIB) e relativa (índice de Gini), além de dados sobre saúde pública. A conclusão foi que casais que vivem em países com maior desigualdade de renda tendem a trocar mais beijos entre si.
“A evidência de que a pobreza relativa prediz a frequência de beijos levanta a possibilidade de que esse gesto tenha evoluído em humanos para manter os laços do casal à luz das restrições daquele ambiente. Os comportamentos relacionados ao beijo são um preditor mais forte da qualidade do relacionamento do que outras formas de intimidade. Assim, o beijo pode desempenhar um papel importante na manutenção de laços dos pares de longo prazo (ou seja, relações comunitárias)”, diz um trecho do artigo.
Segundo os pesquisadores, as entrevistas também mostraram que o beijo foi mais valorizado em relacionamentos estabelecidos do que durante as fases iniciais de namoro.
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