Maioria das crianças e dos adolescentes com Covid-19 pode não apresentar sintomas típicos, aponta estudo feito nos EUA

Pesquisa foi publicada na Scientific Reports. Os cientistas analisaram dados de 12.306. A maioria não apresentou sintomas típicos como febre, tosse ou falta de ar. Crianças observam enquanto mulher é vacinada contra a Covid-19 em Santiago do Chile, em foto de 17 de março de 2021
Ivan Alvarado/Reuters/Arquivo
Um estudo publicado na Scientific Reports apontou que a maioria das crianças e dos adolescentes infectados com a Covid-19 nos Estados Unidos pode não apresentar sintomas típicos da doença como febre, tosse ou falta de ar.
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Os pesquisadores examinaram dados de 12.306 crianças com a doença e 74,9% dos pequenos não tinham nenhum desses sintomas.
“Entre a população do estudo, apenas 25,1% das crianças tiveram pelo menos um dos sintomas típicos (febre, tosse ou falta de ar) e 9,9% das crianças tiveram pelo menos dois sintomas típicos”, explicam os cientistas.
Eles também reforçam que crianças com Covid-19 podem desenvolver a forma mais grave, mas que as taxas de casos graves e morte são “relativamente baixas”.
Veja os números do estudo
O estudo incluiu 12.306 crianças e adolescentes nos Estados Unidos, entre 1 de abril de 2020 e 31 de outubro de 2020
18,8% das crianças apresentaram sintomas como febre, mal-estar, dores musculares ou articulares e alterações do olfato ou paladar
16,5% das crianças apresentaram sintomas respiratórios, incluindo tosse e falta de ar
13,9% das crianças apresentaram sintomas gastrointestinais como náuseas, vômitos e diarreia
8,1% das crianças apresentaram sintomas dermatológicos (erupções na pele)
4,8% tiveram dores de cabeça
5,5% das crianças foram hospitalizadas – 17,6% necessitaram de serviços de cuidados intensivos e 4,1% necessitaram de ventilação mecânica
Os pesquisadores apontam que os resultados sugerem que crianças e adolescentes podem ter uma doença mais branda em comparação com os adultos. Por isso, procedimentos como verificações diárias de temperatura na escola podem ser menos eficazes.
“Dada a alta frequência de casos sem sintomas típicos, maior vigilância, triagem inovadora e testes frequentes podem ser necessários entre as crianças em idade escolar e seus contatos imediatos quando as escolas reabrem”, diz o estudo.
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