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Estudo da UFJF e UFSJ mostra que se ritmo de vacinação contra a Covid-19 se mantiver, Brasil pode ter mais de 210 mil mortes até o fim do ano

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Estudo da UFJF e UFSJ mostra que se ritmo de vacinação contra a Covid-19 se mantiver, Brasil pode ter mais de 210 mil mortes até o fim do ano


Ainda segundo a pesquisa, pandemia pode não ser controlada até o fim de 2021. Veja mais números e avaliações feitas por pesquisadores das duas instituições. Imagens de microscópio mostram partículas do coronavírus que causam a Covid-19
NIAID-RML via AP
Se continuar com o mesmo ritmo de vacinação contra a Covid-19, o Brasil pode registrar mais 211 mil mortes pela doença até o fim de 2021. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (25) após um estudo feito por pesquisadores das universidades federais de Juiz de Fora (UFJF) e de São João del Rei (UFSJ).
Leia mais: Brasil se aproxima de 510 mil mortes por Covid, com 2.042 registradas nas últimas 24 horas
Até esta quinta-feira (24), o país tinha 509.282 vítimas e 18.243.391 casos confirmados. Além disso, 68.465.736 pessoas tomaram a primeira dose da vacina contra o coronavírus, o que corresponde 32,33%, e a segunda foram 93.433.880.
Estudo
A pesquisa utilizou diferentes valores e cenários para simular o efeito da pandemia no Brasil pelo período de um ano. Veja abaixo quais são eles e as avaliações.
Primeiro cenário
O primeiro cenário apresentado pela nota é baseado em cálculos que utilizam a atual taxa de vacinação que compreende, aproximadamente, 360 mil pessoas vacinadas com a primeira dose diariamente.
Conforme o estudo, se o Brasil seguir neste mesmo ritmo de imunização, a Covid-19 não seria controlada até o fim do ano, independentemente da eficácia das vacinas, uma vez que o número de casos ativos ainda seria significativo sem a ampla adoção de medidas preventivas, como isolamento e uso de máscaras.
“Além disso, com essa atual taxa, não seria atingido o objetivo de 160 milhões de pessoas imunizadas até dezembro, como anunciado pelo atual ministro da Saúde no dia 11 de junho deste ano”, informam os pesquisadores.
As projeções também sugerem que o total de mortes entre o final de junho e o final de 2021 pode variar entre 188 mil e 211 mil, se considerada, respectivamente, a eficácia entre 50% e 90% das vacinas.
Conforme o pesquisador Rodrigo Weber é importante ter em mente a impossibilidade de cravar as informações com precisão detalhada, uma vez que não é possível quantificar, em simulações numéricas, elementos imprevisíveis como o comportamento social da população ou a falta de insumos para vacinas.
“É preciso ressaltar que tratam-se de projeções, não previsões, e que servem para nos alertar dos possíveis cenários que temos pela frente. Mas é seguro dizer que nenhuma das projeções demonstrou ser promissora. Muitas vidas serão perdidas se nada for feito”, explicou.
Segundo cenário
Caso o país dobre a atual taxa de vacinação, as mortes projetadas são reduzidas em 13%, com 23 mil óbitos a menos do que o cenário com a taxa atual de imunização.
Além disso, se for quadruplicada a taxa de vacinas aplicadas, as vítimas projetadas são reduzidas em 28%, com cerca de 50 mil salvos até o final do ano.
De acordo com Rodrigo Weber, as projeções do número total de mortes em 2021 são altas em todos os cenários estudados. “O distanciamento social e uso de máscaras ainda são de fundamental importância para prevenir a propagação da doença e diminuir o número de mortes ao longo do ano”, complementou.
O estudo é assinado por Rafael Sachetto Oliveira, Carolina Ribeiro Xavier, Vinicius da Fonseca Vieira, Ruy Freitas Reis e Rodrigo Weber dos Santos.
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