Blue Origin processa Nasa por ter escolhido SpaceX para contrato lunar
A Blue Origin, empresa especial do magnata Jeff Bezos, levou suas insatisfações com a Nasa para uma corte federal americana nesta segunda-feira, 16.
A companhia acusa a agência espacial norte americana de fazer uma avaliação errônea em contratos para adquirir equipamentos de pouso lunar da Blue Origin. Bezos e sua empresa querem participar do programa de retorno à lua, que por enquanto tem como principal parceiro a Space X, de Elon Musk, concorrente da Blue Origin.
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No final de julho, Bezos havia escrito uma carta aberta à Nasa oferecendo um desconto de 2 bilhões de dólares na construção de uma sonda lunar, após protocolar um protesto junto ao governo americano contra a decisão da Nasa de ter escolhido a SpaceX para o contrato de 2,9 bilhões de dólares. No final do mês passado, o protesto da Blue Origin foi jogado para escanteio por uma agência reguladora federal.
O contrato pretende retornar à Lua em 2024 sob o programa Artemis e esperam usar as lições aprendidas com esta missão para se preparar para uma viagem tripulada a Marte em 2030.
O programa chamado de Sistema de Aterrissagem Humana da Nasa financiou o desenvolvimento de três protótipos que pousariam na Lua e era esperado escolher dois desses para serem usados. Mas a Nasa enfrentou cortes de recursos no Congresso dos EUA e precisou optar por apenas um, ficando com o modelo da Space X.
Agora, o processo da Blue Origin pode atrasar os planos da Nasa de voltar à lua até 2024, envolvendo todas partes em uma disputa judicial. O início do contrato já foi adiado por 95 dias em decorrência do protesto inicial da Blue Origin.
Segundo o portal The Verge, a empresa afirma que o processo judicial é “uma tentativa de remediar as falhas no processo de aquisição encontradas no Sistema de Aterrisagem Humana da Nasa”.
Esta não é a primeira vez que uma empresa de Jeff Bezos entra na Justiça contra concorrentes em contratos federais. Nos últimos anos, uma disputa entre a Amazon Web Services e a Microsoft por um contrato de computação em nuvem no Pentágono levou, em última instância, ao Departamento de Defesa cancelar o programa em questão.
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