Anvisa libera empresas ainda sem registro de forneceram medicamentos do 'kit entubação' para evitar desabastecimento
Governadores têm alertado governo nos últimos dias sobre a iminente falta de anestesia, sedação e relaxamento muscular usados para entubação de pacientes em UTIs. Em grande parte do país, insumos podem não durar os próximos 20 dias. Equipe de saúde cuida de paciente internado com Covid-19 na UTI do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, no dia 17 de março.
Miguel Schincariol / AFP
Preocupada com a crise de abastecimento no Brasil dos remédios que compõe o chamado “kit intubação”, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nota nesta sexta-feira (19) esclarecendo que mesmo empresas fornecedoras do insumo ainda sem registro devem entrar em contato com o órgão.
Segundo a Anvisa, o objetivo da medida é o de aumentar a oferta de anestésicos injetáveis, relaxantes musculares e sedativos, essenciais para pacientes da Covid-19 internados em UTI, uma vez que esses medicamentos são usados em procedimentos como a intubação.
“(…) destacamos que empresas que estejam desenvolvendo medicamentos que possam ser utilizados no manejo clínico da Covid-19, mesmo que ainda não tenham peticionado o registro, devem entrar em contato com a Agência caso tenham condições de fornecer os produtos em curto prazo, apresentando as provas de eficácia, segurança e qualidade das quais a empresa já dispõe e quais provas ainda faltam para que o dossiê de registro esteja completo. A Anvisa poderá, mediante uma avaliação de benefício-risco realizada por um Comitê interno, conceder um registro desses medicamentos mediante termo de compromisso para apresentação de provas posteriores”, diz a nota informativa da Anvisa.