Após uma nova alta da Selic, qual título do Tesouro comprar agora?
Após uma nova alta da Selic, de 0,75 ponto porcentual, a expectativa, segundo o boletim Focus, é de que a taxa básica de juros encerre o ano a 5,5%. Mas em contratos futuros o mercado já precifica uma alta de 6,5% no início do ano que vem. Diante deste cenário incerto, em qual título do Tesouro Direto você deve investir agora? Depende do seu apetite ao risco.
Para os mais conservadores, o economista do BTG, Álvaro Frasson recomenda investir em títulos pós-fixados indexados à inflação, como o Tesouro IPCA. “Quem aplicar dinheiro no título estará protegido, já que a expectativa é de que a inflação aumente, e não enfrentará uma grande volatilidade. Além disso, carregará uma taxa real maior, que deve diminuir nos próximos meses”.
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Alan Gahni, analista de renda fixa da EXAME Invest Pro, reforça a recomendação. “Quem tem um objtivo de curto prazo deve optar pelo título com vencimento em 2026. Já quem tem objetivos de mais longo prazo o 2035 oferece uma taxa real atrativa.
Para quem topa correr um pouco mais de risco na parte da carteira aplicada em títulos públicos, Frasson aponta que uma aposta pode ser a compra de títulos prefixados indexados à inflação. “Se o boletim Focus estiver certo, se a curva de juros se fechar em 5,5% quem tiver título prefixado se beneficia deste movimento. Mas é um risco: há ainda muita incerteza”.
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Quem quiser adicionar ainda mais tempero à carteira pode optar pela compra do Tesouro IPCA 2050. “O risco-país diminuiu e a taxa de títulos longos ficou no mesmo patamar. Então, há uma oportunidade de aproveitar este gap antes que ele se encerre”.
Já a compra do Tesouro Prefixado não é recomendada por Ghani por conta da expectativa de alta da inflação, tanto no Brasil como no mundo, que pode afetar o rendimento real da aplicação.