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“Confrontar o preconceito é a ferramenta mais poderosa de que dispomos”, diz Ashton Applewhite

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“Confrontar o preconceito é a ferramenta mais poderosa de que dispomos”, diz Ashton Applewhite


Encontro de influenciadores digitais trata de ativismo e estrangulamento do mercado de trabalho O volume de eventos sobre longevidade tem sido tão grande – o que é uma ótima notícia! – que às vezes só consigo escrever sobre eles semanas depois de terem ocorrido. Foi o que aconteceu com o seminário on-line, realizado no meio de novembro, com influenciadores digitais premiados pela plataforma “Next Avenue”, voltada para o público norte-americano 50 mais. Em 2020, os vencedores foram Sharon Inouye, professora de medicina da escola de medicina de Harvard, e Raymond Jetson, presidente da MetroMorphosis, que trabalha com a transformação de comunidades urbanas. O debate ficou ainda melhor porque reuniu duas vencedoras de edições anteriores: Ashton Applewhite, autora do blog “This chair rocks”, e Elizabeth White, autora do livro “55, underemployed and faking normal: your guide to a better life” (em tradução livre, “55 anos, subempregada e fingindo que está tudo normal: um guia para uma vida melhor”).
A assertividade de Ashton deu o tom do encontro, ao afirmar que lutar contra o preconceito é uma tarefa de todos: “temos que confrontar o preconceito sempre, essa é a ferramenta mais poderosa de que dispomos. Quanto mais vivemos, mais diversa é a longevidade, ao contrário do que imagina o senso comum e pensam os profissionais de saúde. É preciso combater estereótipos, todos temos um papel a desempenhar”. Citou imagens negativas recorrentes, como a de que a velhice é triste, rugas são feias, ou velhos não têm competência para fazer nada, e acrescentou: “atitudes em relação à idade, assim como em relação a raça e gênero, se formam na infância”. O caminho para mudar esse estado de coisas? Conscientização da sociedade, maior integração entre indivíduos de todas as idades e ativismo: “o ageísmo deve ser incluído em todas as iniciativas contra a discriminação”, finalizou.
A escritora Elizabeth White: “as pessoas acima dos 50 que vêm sendo descartadas do mercado de trabalho não ficaram incompetentes porque chegaram aos 50”
Divulgação
A doutora Inouye contou que, durante a pandemia, chegou a ouvir sugestões de que o melhor seria “confinar todos os idosos para garantir que o restante da população pudesse circular”, num julgamento míope e preconceituoso baseado unicamente no critério de idade. Elizabeth White, cuja área de atuação é o mercado de trabalho, disse que Joe Biden, presidente eleito dos EUA, terá um papel fundamental quando assumir o governo: “durante a campanha, houve muitas críticas e especulações sobre se ele não seria velho demais, sobre sua capacidade para comandar o país. No entanto, é o homem certo para esse momento, quando poderá mostrar sua sabedoria, seu discernimento. O mesmo se aplica às pessoas acima dos 50, que vêm sendo descartadas do mercado de trabalho. Elas não ficaram incompetentes porque chegaram aos 50, mas agora estão sem salário, sem reservas, sem aposentadoria. Viverão até os 80 em condições indignas? Isso não é o bônus da longevidade!”. Para a escritora, é fundamental criar oportunidades de empreendedorismo para o grupo sênior garantir seu futuro, como defendeu num TED Talks.
No campo da linguagem, os quatro debatedores enfatizaram que determinadas expressões sobre o envelhecimento deveriam ser banidas. Um bom exemplo é “tsunami prateado”, imagem que remete a uma catástrofe e alimenta o preconceito. Entre as sugestões apresentadas estão algumas que funcionam melhor em inglês do que em português, como “grey bloom” (florescer prateado); ou “elder swell” (crescimento sênior, embora swell seja usado como inchaço). Raymond Jetson optou por “silver reservoir” (reservatório prateado) que, na sua opinião, dá a dimensão da experiência acumulada pelos mais velhos.

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