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Covid-19: como evitar mortes em família e o drama do contágio dentro de casa

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Covid-19: como evitar mortes em família e o drama do contágio dentro de casa


Apesar de não existir nenhuma estatística oficial, são vários os relatos de familiares que se infectaram e desenvolveram formas graves da doença. Entenda os motivos disso e como se proteger ‘Perdi quase todos para a Covid’: o relato de quem teve a família destroçada pela doença
Nas últimas semanas, diversas reportagens publicadas na imprensa brasileira relataram o drama de famílias inteiras que pegaram Covid-19 de uma só vez.
Em alguns casos, vários desses indivíduos morreram poucos dias após o diagnóstico da doença.
Embora não exista uma estatística oficial sobre o assunto no país, os médicos consultados pela BBC News Brasil apontam que episódios do tipo aumentaram significativamente entre fevereiro e março de 2021, momento de maior gravidade da pandemia desde que ela começou.

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“Todo dia recebo ligações de amigos dizendo que precisaram internar três ou quatro pessoas da mesma família. Muitas vezes, são pessoas de gerações e idades diferentes, como pais e filhos”, relata o médico Marcio Sommer Bittencourt, do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo.
E não há nenhum mistério nesse aumento de casos entre aqueles que partilham o mesmo teto: trata-se de um local perfeito para a transmissão de vírus respiratórios, uma vez que somos menos cuidadosos e tomamos poucas medidas de precaução dentro de casa.
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Portanto, basta um parente sair à rua e se infectar para levar o vírus a todos os seus contatos próximos — mesmo aqueles que estão isolados há um tempão.
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“Como temos um aumento geral do número de casos da doença no Brasil, há uma elevação proporcional das infecções dentro das famílias”, diz o médico Wladimir Queiroz, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Não dá pra descartar também o papel das novas variantes do coronavírus dentro desse contexto.
“As novas cepas que estão predominando, como a P.1, têm um potencial de transmissibilidade maior que as outras, o que pode se refletir no aumento da frequência desses relatos das famílias”, completa o infectologista Ivan França, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Mas o que fazer se alguém que divide o mesmo lar com você estiver com Covid-19? A seguir, os especialistas apresentam recomendações de como diminuir o risco de contágio no ambiente domiciliar.
Contratempos e dificuldades
Covid-19 em casa: mantendo a distância
BBC
Queiroz observa que a prevenção da Covid-19 tem uma grande barreira: o fato de o coronavírus ser transmitido mesmo por indivíduos que (ainda) não apresentam sinais da infecção.
“A pessoa está sem sintomas, com poucos incômodos ou ainda não fez o teste e interage normalmente com os outros”, exemplifica o infectologista, que também é professor da Faculdade de Ciências Médicas de Santos, no litoral paulista.
É nesse momento que boa parte das transmissões domiciliares acontece.
Covid-19 em casa: limpeza
BBC
Portanto, é essencial que todos fiquem atentos aos sintomas clássicos da doença (tosse, febre, dificuldade para respirar, perda de paladar e olfato…) e procurem a orientação de um profissional de saúde o quanto antes.
O mesmo recado vale para aqueles que porventura se expuseram a situações de risco, como aglomerações, ou tiveram contato próximo com alguém que recebeu o diagnóstico de Covid-19.
Nessas situações, vale redobrar os cuidados e adotar algumas medidas preventivas, como você verá mais adiante.
Isolado no lar
Covid-19 em casa: no quarto
BBC
Quando você (ou alguém que mora na mesma casa) fez o teste e o resultado deu positivo, os cuidados devem ser ainda mais rígidos.
“Claro que isso depende das condições de cada família, mas o ideal é que o indivíduo com Covid-19 fique num quarto sozinho e se mantenha afastado dos demais”, indica França.
Se houver essa possibilidade, ele deve ter um banheiro só para si — ou então realizar uma limpeza caprichada com álcool 70% ou água sanitária após tomar banho, escovar os dentes ou fazer xixi e cocô.
Covid-19 em casa: banheiro
BBC
Toalhas, copos, talheres, pratos e outros objetos de uso pessoal não podem ser compartilhados e também precisam passar por uma higienização mais criteriosa.
É importante também que todos usem máscaras de boa qualidade, como a PFF2 ou a N95, caso precisem ficar mais próximos.
O que devemos saber sobre as máscaras PFF2/ N95
“Por fim, vale tomar cuidado para que esse cômodo onde o paciente está seja bastante ventilado e tenha uma boa circulação do ar”, completa Queiroz.

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Será que estou doente?
Caso alguém próximo esteja com Covid-19, você deve se atentar ainda mais aos sintomas e, se for o caso, buscar a orientação de um profissional da saúde para saber se há necessidade de fazer o teste também.
“Porém, independentemente do exame, se há alguém doente na casa, é importante que todos que dividem aquele mesmo espaço respeitem uma quarentena de 14 dias”, recomenda França.
Esse é o tempo de incubação e desenvolvimento da infecção pelo coronavírus, o período em que desenvolvemos os sintomas e há maior risco de infectar os outros.
Ao permanecer em casa nesse período de duas semanas, diminui-se bastante a possibilidade de criar novas cadeias de transmissão do agente infeccioso dentro da comunidade.
O que mais poderia ser feito?
Bittencourt destaca que o Brasil deveria ter apostado numa estratégia de isolar indivíduos infectados em espaços comunitários dedicados a esses casos.
“Em alguns lugares, foi feito o isolamento centralizado, em que hotéis e escolas receberam pacientes com Covid-19 até que eles melhorassem”, descreve.
Essa foi uma das saídas adotadas em Singapura, um dos países mais bem-sucedidos no combate à Covid-19.
Com a pandemia, uma parte da rede hoteleira e de educação ficou com espaços ociosos, que poderiam ter sido melhor aproveitados por municípios e estados.
“Ao se afastar da família por uns dias, há uma diminuição considerável do risco para todos”, completa França.
E quando procurar o médico?
Quem recebe o diagnóstico da Covid-19 e apresenta sintomas mais leves, típicos de uma gripe ou um resfriado, deve permanecer em casa e sem contato com outros.
Até o momento, não há nenhum remédio que seja efetivo ou traga algum benefício nas fases iniciais da doença.
Vale reforçar a hidratação e, se o médico liberar, tomar algum remédio para sintomas como dor e febre.
“É importante monitorar de três a quatro vezes ao dia os sinais vitais, como a temperatura corporal e a frequência respiratória”, orienta França.
Outra dica é ter por perto, se possível, um aparelhinho chamado oxímetro, que mede a oxigenação do sangue. Ele geralmente está disponível em farmácias e lojas on-line.
“Há indivíduos que não sentem nada de diferente e, mesmo assim, apresentam uma queda considerável na oxigenação sanguínea. Portanto, se o oxímetro apresentar uma taxa abaixo de 94%, é bom buscar uma orientação especializada”, completa o infectologista.
Outros sinais preocupantes são a febre persistente ou o aparecimento de falta de ar.
“Se o paciente com Covid-19 apresenta dificuldade para respirar ou qualquer desconforto do tipo, é preciso buscar ajuda”, finaliza Queiroz.
Veja VÍDEOS da vacinação no Brasil:

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