Fiocruz diz que 19 unidades da federação têm taxas de ocupação de UTI acima de 80%
“Pela primeira vez desde o início da pandemia, verifica-se em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores, como o crescimento do número de casos e de óbitos”, aponta boletim da instituição. Profissionais de saúde durante atendimento em leito de UTI Covid em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta terça-feira (2) uma nota técnica na qual aponta o agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil. De acordo com a Fiocruz, 19 unidades da federação têm taxas de ocupação de leitos de UTI acima de 80%. No boletim anterior, eram 12.
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“Pela primeira vez desde o início da pandemia, verifica-se em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores, como o crescimento do número de casos e de óbitos, a manutenção de níveis altos de incidência de SRAG, a alta positividade de testes e a sobrecarga dos hospitais.” – Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19
Ocupação de UTIs pelo Brasil em 1° de março segundo o Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19.
Reprodução
Os dados da Fiocruz comparam a situação das UTIs verificadas em 1º de março, em contraponto aos observados em 22 de fevereiro.
“Diante desse quadro, os pesquisadores do Observatório Fiocruz Covid-19 ressaltam a necessidade de adoção de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais, de acordo com a situação epidemiológica e capacidade de atendimento de cada região, avaliadas semanalmente a partir de critérios técnicos como taxas de ocupação de leitos e tendência de elevação no número de casos e óbitos.” – Boletim do Observatório Fiocruz Covid-19
Medidas sugeridas
A Fiocruz sugeriu uma lista de providências, veja abaixo o resumo:
Manutenção de todas medidas preventivas (distanciamento físico, uso de máscaras e higiene das mãos)
Adoção de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais
Implementação imediata de planos e campanhas de comunicação
Reconhecimento legal do estado de emergência sanitária e
Viabilização de recursos extraordinários para o SUS, com aporte imediato aos Fundos Estaduais e Municipais de Saúde
Fortalecimento da vigilância em saúde: detecção precoce, investigação laboratorial, isolamento, quarentena e busca ativa de casos suspeitos e confirmados, além de estratégias de teleconsulta.
Ampliação da capacidade assistencial em todos os níveis, incluindo leitos clínicos e de UTI para Covid-19
Aceleração da vacinação para toda a população coordenada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do SUS