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Fundo Verde reabriu: vale a pena resgatar aplicações para investir?

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Fundo Verde reabriu: vale a pena resgatar aplicações para investir?

O fundo Verde, capitaneado pelo admirado gestor Luis Stuhlberger, vai reabrir para aplicações nesta segunda, 8, e, terça, 9, além de outras janelas até junho.

Fundo multimercado do tipo macro, a aplicação se dedica a buscar rentabilidade nos mercados de ações, juros e câmbio. Resultado? Sua estratégia já rendeu a investidores incríveis 18.000% desde 1997. Mas vale a pena resgatar seus investimentos em outros fundos ou até contrair dívidas para aproveitar essas oportunidades?

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Segundo relatório da especialista em fundos Juliana Machado, da EXAME Research, é necessário ter calma com fundos ou ações badalados. “Seduzidos pelo histórico de rentabilidade, o investidor prefere correr antes de analisar, para não perder o que parece ser uma oportunidade de ouro”.

De fato as oportunidades são limitadas: a casa já tem algo como R$ 50 bilhões sob gestão e as janelas, quando se abrem, costumam ser bastante limitadas.

O fundo, um feeder com prazo de resgate de 60 dias que segue a estratégia do principal fundo da gestora Verde, está disponível na plataforma de grandes plataformas de investimentos, como a do BTG. O investidor pode acessá-lo aplicando a partir de 50 mil reais.

Afinal, vale a pena entrar no fundo Verde?

Para quem investiu R$ 100 mil desde o primeiro dia do fundo, desconsiderando novos aportes, com um Stuhlberger pouco conhecido e em um mercado financeiro mais restrito, conseguiu obter um lucro extraordinário de R$ 18.964.700,00. Mas isso é o bastante para o investidor realizar a aplicação, custe o que custar?

Veja abaixo as dicas de Juliana Machado:

Não saia de outros produtos para investir no fundo

A retirada de recursos de um fundo só deve ocorrer em duas situações: quando o seu objetivo financeiro for atingido e você desejar utilizar os recursos ou quando (ou se) a sua convicção mudar e o fundo não se enquadrar mais no seu perfil e objetivo financeiro.

Portanto, Machado não recomenda sacar recursos de outro produto que tenha um bom desempenho, combine com sua estratégia, perfil de investidor e metas, para aplicar em outro produto. Além de afetar a estratégia, irão incidir impostos sobre o resgate que podem causar prejuízo ao investidor.

Não fuja de sua estratégia e objetivos e compare

Tem recursos suficientes para aplicar no fundo? Então considere ter o produto na carteira, levando em conta a capacidade de preservação de capital e a performance da casa ao longo do tempo.

No entanto, lembre-se de calcular se há espaço na carteira para fazer isso sem desbalancear sua estratégia.

Não tome empréstimos para aplicar no fundo

Vale tudo para aproveitar uma oportunidade? De jeito nenhum. Então, não contraia dívidas para investir. Isso porque os juros a serem pagos dificilmente serão cobertos de forma consistente pelo rendimento registrado no fundo.

Também não é indicado sacar recursos da reserva de emergência para aplicar no fundo. Os recursos para aproveitar oportunidades em investimentos deve ser separado do gasto para cobrir imprevistos, cujo valor deve ser equivalente, a pelo menos, seis meses de renda.

Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura

Quem entrar no Verde hoje não vai investir no que o fundo já foi, mas no que será daqui para frente, diz Machado. Embora o histórico do produto seja sólido, não significa que o retorno será o mesmo daqui para frente. “Perder isso de vista vai garantir enormes frustrações, exatamente como trouxe para pessoas que têm recursos aplicados nos últimos cinco anos”, diz a especialista, no relatório.

De 10 de fevereiro de 2016 a 4 de fevereiro deste ano o fundo CHSG Verde rendeu 58,54%, contra 43,54% do CDI, a taxa que serve como referência para o desempenho de investimentos de renda fixa. Ou seja, o desempenho foi de 15 pontos porcentuais acima da taxa. Contudo, é necessário lembrar que um fundo multimercado corre mais riscos e deve, portanto, render mais do que um fundo de renda fixa.

Portanto, conclui Machado, não deixe de comparar o produto com outros fundos similares, investidos ou não, em períodos mais recentes.