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“Há dez anos, pensava em parar. Hoje não penso mais”

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“Há dez anos, pensava em parar. Hoje não penso mais”


A caminho de se tornar uma sexagenária, Shirley Maekana tem uma certeza: seu objetivo é não ficar ociosa Hoje fecho essa pequena série de perfis, que já apresentou o jardineiro Dionízio, a ialorixá Carmem e o médico Carlos Bessa, sobre pessoas comuns que têm muito o que nos ensinar sobre como envelhecer com alegria, propósito e amor à vida.
Ela integra um grupo de taiko, aqueles potentes tambores japoneses, que venceu diversas competições. Pratica meditação, fez aulas de balé flamenco e de kendo, luta marcial inspirada no combate com espadas dos samurais. Também é voluntária num cursinho de pré-vestibular para jovens carentes de Miguel Badra, um bairro da periferia de Suzano, em São Paulo. No entanto, engana-se quem pensa que Shirley Satiko Maekawa tem tempo de sobra para hobbies e amenidades, porque seu dia, como gerente de sistemas de uma operadora de telefonia, é longo. “No meu aniversário de 50 anos, tinha planos de, aos 60, ir morar na praia, mas agora acho que ainda não está na hora. Pensava na aposentadoria de outra forma, hoje não penso mais. Não quero ficar ociosa e, mesmo daqui a algum tempo, gostaria de continuar trabalhando, talvez numa jornada menor, de quatro ou seis horas”, afirma, a caminho de se tornar uma jovial sexagenária.
Aos 59 anos, Shirley Satiko Maekawa é gerente de sistemas da operadora Vivo e diz que não pensa mais em se aposentar e ficar ociosa
Acervo pessoal
Casada com o namorado da adolescência, mãe de duas filhas e avó de uma menina, ela lembra que, ao entrar na USP, sua intenção inicial era a licenciatura em matemática, mas logo mudou de ideia: “eu me apaixonei por computação e, olhando em retrospectiva, me sinto uma privilegiada pelas oportunidades que tive”. Do desenvolvimento de softwares aos cargos de gestão em tecnologia da informação, diz que se acostumou com os desafios e enfatiza que as pessoas deveriam estar preocupadas em se aperfeiçoar continuamente: “já encontrei gente bastante acomodada que precisava de um chacoalhão. Claro que é importante que a empresa reconheça o esforço e a dedicação de cada um, mas é fundamental manter a capacidade de entrega. Vivi a experiência de mudar de emprego e não dominar as novidades tecnológicas da área onde estava. Fiquei em choque, mas corri atrás para me atualizar”.
Shirley, à direita, numa apresentação de taiko
Acervo pessoal
Na maioria dos locais onde trabalhou, era a mais velha da equipe: “acho que em 99% dos lugares”, brinca, complementando: “mas o que conta é a vitalidade, idade nunca poderia ser um impeditivo. Na área de TI, o grupo é majoritariamente jovem, agora é que estou numa empresa com maior diversidade etária”. Empreendedorismo é um atributo determinante de sua personalidade. Quando as filhas eram pequenas, abriu uma escola construtivista que se tornou referência na cidade, e avalia que os jovens devem ter em mente que uma carreira bem-sucedida não acontece por acaso: “sucesso não cai do céu”, sintetiza. O segredo para tanta energia e vontade de fazer coisas novas? Shirley tem uma explicação: “o ideograma para Satiko, meu nome japonês, significa menina feliz. Sempre fui muito positiva, mesmo quando enfrentei problemas sérios como um câncer de mama, anos atrás”.

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