Ibovespa futuro opera entre perdas e ganhos em dia de reunião de Fed e Copom; dólar cai a R$ 5,60
Quadro geral do dia às 9h25:
- Ibovespa futuro opera em leve variação negativa de 0,05%, aos 115.130 pontos
- Dólar abre em queda de 0,6% contra o real e é negociado a 5,60 reais
Ibovespa futuro opera sem direção definida em oposição às bolsas globais, que sobem nesta terça-feira, 16, na expectativa do início da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) para decidir o futuro da taxa de juros nos Estados Unidos.
Saiba como acelerar seu desenvolvimento de carreira aprendendo diretamente com os maiores executivos do Brasil
Por aqui, o mercado também espera pela decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que começa hoje seu encontro para definir a trajetória da taxa básica de juros, a Selic. As projeções apontam para o primeiro aumento da Selic desde junho de 2015, e as apostas variam entre aumentos de 0,25, 0,50 e 0,75 ponto percentual — o que levaria a taxa para 2,25%, 2,5% ou até 2,75% ao ano.
“O consenso de mercado está se direcionando mais para um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa por conta da força da pressão inflacionária e da alta do dólar”, afirmou Luis Mollo, analista da EXAME Invest Pro, na live diária Abertura de Mercado desta terça-feira.
O dólar abre o dia em queda contra o real, com investidores na expectativa da decisão da política monetária no Brasil. Na sessão da véspera, o dólar fechou com alta de 1,43%, cotado em 5,63 reais, mesmo após duas intervenções do Banco Central.
No campo da inflação, o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), divulgado nesta manhã pela FGV, passou a subir 2,99% em março, acima do consenso do mercado de 2,84%. O índice agora acumula alta de 7,47% no ano e de 31,16% em 12 meses.
Nos Estados Unidos, serão divulgados o resultado de vendas no varejo, às 9h30, e o saldo da produção industrial para o mês de fevereiro, às 10h15. Os investidores estão atentos sobre como os resultados podem impactar as perspectivas de inflação.
“Se números do varejo e indústria nos EUA saírem acima das expectativas de mercado, é mais uma indicação de inflação, o que pode influenciar a curva longa de juros, impactando as bolsas de todo o mundo”, argumentou Mollo.
No cenário doméstico, o mercado também deve repercutir a terceira troca no comando do Ministério da Saúde em meio ao momento mais grave da pandemia no Brasil. O general Eduardo Pazuello será substituído pelo médico Marcelo Queiroga, que aceitou o convite do presidente para assumir o cargo.
A substituição de Pazuello no comando da Saúde ganhou força nos últimos dias, principalmente no fim de semana. No domingo, 14, o presidente chamou o general para uma conversa, junto com outros ministros, para acertar os detalhes de sua saída. Em seguida conversou com a médica Ludhmila Hajjar, que recusou o convite para assumir o cargo.
Soma ao crescente número de mortes no país, a notícia aumenta a percepção de risco de investimento no Brasil e demonstra a dificuldade do país em engatar um movimento de recuperação econômica. Na véspera, o Ministério da Saúde divulgou um balanço mostrando que o país ultrapassou a marca de 11,5 milhões de casos confirmados da covid-19.