Idosos precisam tomar banho todo dia?
Para evitar “batalhas”, o ideal é tornar o ambiente o mais aconchegante possível É comum que a hora do banho seja um momento de estresse para cuidadores responsáveis por idosos frágeis. O desleixo na higiene provoca problemas cutâneos e infecções urinárias – além, é claro, do odor desagradável. No entanto, será que pode haver alguma flexibilidade? Essa é uma boa discussão apresentada no portal Dailycaring, que oferece dicas e alternativas. A primeira sugestão é não encarar o banho completo como um item obrigatório do dia a dia. A utilização de toalhas umedecidas com água morna para limpar embaixo dos braços, virilha, genitais, pés e dobras da pele se encarrega de prevenir os inconvenientes mais comuns, a não ser que condições de saúde específicas exijam outro tipo de procedimento.
O banho completo não precisa ser visto como um item obrigatório do dia a dia dos idosos
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Nos casos de demência, há cuidadores que consideram o banho diário um item importante para compor a rotina do paciente, mas nem todos se submetem facilmente. Embora o mais simples seja colocar a pessoa embaixo do chuveiro, se o idoso se recusar ou tiver limitações de mobilidade, a higiene com uma esponja pode ser uma alternativa. Para agilizar o processo, tenha todos os produtos à mão. Comece pelo rosto e pela cabeça, deixando as partes íntimas por último, já que são as mais sujas. Se o banho não for com água corrente, vá descobrindo as partes do corpo à medida que são higienizadas. É possível aquecer lenços umedecidos no micro-ondas por alguns segundos, para o contato com a pele não ser desconfortável.
Para evitar “batalhas”, especialmente com os portadores de demência, o ideal é tornar o ambiente aconchegante, e até chamá-lo de “spa”, incluindo uma pequena massagem nas costas e nas pernas. Não esquecer que os mais velhos sentem frio e uma toalha extra é útil para que se mantenham aquecidos. Como uma rotina previsível diminui o estresse do paciente, é importante que o horário seja sempre o mesmo. Não adianta discutir ou argumentar apelando para a lógica de que a higiene é indispensável. Deixe tudo pronto e busque o idoso com um sorriso. O encorajamento pode vir com a proposta do que será feito depois: por exemplo, um lanche. Em vez de o assunto ser o chuveiro, que tal o cardápio do que virá na sequência? No lugar do embate, acolhimento.