MacKenzie Scott anuncia doação de 2,74 bilhões de dólares para caridade
Uma das mulheres mais ricas do mundo, MacKenzie Scott, ex-esposa de Jeff Bezos, anunciou nesta terça-feira (15) a doação de US$ 2,74 bilhões (mais de 13 bilhões de reais) para caridade. O gesto foi anunciado hoje em seu blog e, nele, a bilionária explica que o dinheiro veio dela e de seu marido, Dan Jewett, e será doado a 286 organizações de alto impacto que não recebem fundos suficientes para funcionar.
A análise das ONGs e projetos que receberam o dinheiro foi conduzida durante o primeiro trimestre de 2021.
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O tom do post é o de que a doação é parte de um plano de dividir a riqueza de MacKenzie, que tem uma fortuna estimada em US$ 59 bilhões. “Somos regidos por uma crença de que seria melhor se a riqueza desproporcional não estivesse concentrada em um pequeno número de mãos. Podemos começar reconhecendo as pessoas que trabalham para construir uma sociedade melhor dentro das comunidades”, afirma.
Além disso, a bilionária afirma que seu plano é “tirar o foco” de pessoas privilegiadas em termos de dinheiro para “ceder o foco” a outros, que trabalham em prol da construção de uma sociedade melhor.
Entre as organizações beneficiadas, o foco de atuação é bastante variado: instituições que promovem a educação, outras que trabalham contra a discriminação étnico-religiosa, além de programas que fomentam arte e cultura.
Essa não é a primeira doação que a ex-esposa da Jeff Bezos faz para a caridade. No fim do ano passado, US$ 4 bilhões foram doados a outras 300 instituições de caridade com foco na pandemia de covid-19, que se somam a outra doação, de US$ 1,7 bilhão, feita também em 2020. Com isso, Scott ultrapassa a marca de US$ 8 bilhões doados em menos de um ano.
Antes do divórcio de Jeff Bezos, em 2019, ela entrou para o movimento criado por Bill Gates chamado “The Giving Pledge” (“A promessa de doações, numa tradução livre), que encoraja pessoas com muito dinheiro a doar grandes quantias para a filantropia. Para Mackenzie, esse parece ser um objetivo a ser cumprido ainda em vida.
“Mais de 700 milhões de pessoas em todo o mundo ainda vivem em extrema pobreza. Para encontrar soluções, buscamos percepções locais e engajamento diversificado e, por isso, priorizamos organizações com equipes locais, líderes negros e um foco específico no empoderamento de mulheres e meninas”, afirma MacKenzie, no comunicado divulgado nesta terça-feira.
Além de tornar a vida de pessoas que precisam de auxílio melhores, políticas de inclusão também trazem mais retorno financeiro para as empresas. Só em igualdade de gênero, US$ 12 trilhões poderiam ser adicionados à economia global até 2025. Ao mesmo tempo, diante da pandemia, fomentar o acesso ao ensino e a boas condições de trabalho torna-se ainda mais importante: um estudo do Goldman Sachs apontou, recentemente, que as empreendedoras brasileiras são as mais prejudicadas no mundo todo, por exemplo.