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O 'doutor Google' não é tão prejudicial quanto os médicos acham, avaliam pesquisadores

Cardoso Advogados Associados > Covid  > O 'doutor Google' não é tão prejudicial quanto os médicos acham, avaliam pesquisadores

O 'doutor Google' não é tão prejudicial quanto os médicos acham, avaliam pesquisadores


Estudo mostra que pesquisas on-line podem ser aliadas no tratamento. Normalmente, médicos têm especial implicância com o chamado “doutor Google”: é a ele que muitos pacientes recorrem (me incluo no grupo), antes de marcar uma consulta, quando se sentem mal ou recebem o resultado de um exame. Pesquisadores da faculdade de medicina de Harvard decidiram estudar o impacto das buscas na internet, preocupados com a “cibercondria” – expressão que traduz um estado de ansiedade e hipocondria resultante da navegação à cata de informações sobre doenças.
O trabalho contou com cinco mil participantes e cada um recebia uma breve descrição de determinados sintomas que estariam afligindo alguém próximo. Em seguida, deveriam navegar na internet à procura de um diagnóstico. Os casos variavam entre leves e severos, mas todos eram de enfermidades comuns, como as causadas por vírus, infartos e derrames. As pessoas também faziam uma espécie de triagem, avaliando a gravidade da situação, com escolhas que iam entre uns dias de descanso em casa a sair correndo para uma emergência.
David Levine: médico afirma que busca de informações na internet pode ajudar pacientes
Divulgação / Brigham and Women´s Hospital
Conclusão: a internet não é tão prejudicial assim. Os resultados, publicados na revista científica “Jama Network Open” no fim de março, mostravam que os participantes, depois de navegar na rede, tinham mais chances de acertar o diagnóstico e na triagem. David Levine, o médico que liderou o estudo, afirmou que costuma receber pacientes que dizem que o procuraram porque uma busca na web os convencera de que tinham câncer: “a pergunta que queria ver respondida era se todos são assim e nosso trabalho sugere que não há problemas em concordar que nossos pacientes pesquisem no Google. Na verdade, pode até ser benéfico”.
Em 2018, levantamento feito pelo médico australiano Anthony M. Cocco já antecipava tal cenário. Quase 80% dos que pesquisavam os sintomas e as doenças relatavam que a investigação preliminar tinha sido uma ferramenta útil para terem elementos para discorrer sobre seu problema e entender o que o médico dizia. Moral da história: será inócuo tentar impedir uma consulta ao “doutor Google”, porque as pessoas não deixarão de fazê-lo. O médico tem um papel importante como curador de informações confiáveis, indicando sites de hospitais, universidades e outros centros de excelência para auxiliar seus pacientes a entender sua condição de saúde. O resultado pode ser um engajamento mais consciente ao tratamento.

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O 'doutor Google' não é tão prejudicial quanto os médicos acham, avaliam pesquisadores


Estudo mostra que pesquisas on-line podem ser aliadas no tratamento. Normalmente, médicos têm especial implicância com o chamado “doutor Google”: é a ele que muitos pacientes recorrem (me incluo no grupo), antes de marcar uma consulta, quando se sentem mal ou recebem o resultado de um exame. Pesquisadores da faculdade de medicina de Harvard decidiram estudar o impacto das buscas na internet, preocupados com a “cibercondria” – expressão que traduz um estado de ansiedade e hipocondria resultante da navegação à cata de informações sobre doenças.
O trabalho contou com cinco mil participantes e cada um recebia uma breve descrição de determinados sintomas que estariam afligindo alguém próximo. Em seguida, deveriam navegar na internet à procura de um diagnóstico. Os casos variavam entre leves e severos, mas todos eram de enfermidades comuns, como as causadas por vírus, infartos e derrames. As pessoas também faziam uma espécie de triagem, avaliando a gravidade da situação, com escolhas que iam entre uns dias de descanso em casa a sair correndo para uma emergência.
David Levine: médico afirma que busca de informações na internet pode ajudar pacientes
Divulgação / Brigham and Women´s Hospital
Conclusão: a internet não é tão prejudicial assim. Os resultados, publicados na revista científica “Jama Network Open” no fim de março, mostravam que os participantes, depois de navegar na rede, tinham mais chances de acertar o diagnóstico e na triagem. David Levine, o médico que liderou o estudo, afirmou que costuma receber pacientes que dizem que o procuraram porque uma busca na web os convencera de que tinham câncer: “a pergunta que queria ver respondida era se todos são assim e nosso trabalho sugere que não há problemas em concordar que nossos pacientes pesquisem no Google. Na verdade, pode até ser benéfico”.
Em 2018, levantamento feito pelo médico australiano Anthony M. Cocco já antecipava tal cenário. Quase 80% dos que pesquisavam os sintomas e as doenças relatavam que a investigação preliminar tinha sido uma ferramenta útil para terem elementos para discorrer sobre seu problema e entender o que o médico dizia. Moral da história: será inócuo tentar impedir uma consulta ao “doutor Google”, porque as pessoas não deixarão de fazê-lo. O médico tem um papel importante como curador de informações confiáveis, indicando sites de hospitais, universidades e outros centros de excelência para auxiliar seus pacientes a entender sua condição de saúde. O resultado pode ser um engajamento mais consciente ao tratamento.

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