Páscoa vegana: parece e tem gosto de bacalhau, mas é jaca
Convencer quem não é vegetariano a trocar a carne convencional por produtos baseados em planta é uma tarefa difícil. Fazer com que essa troca seja feita em pratos tradicionais, como o bacalhau com batatas servido na Páscoa, é um desafio maior ainda, mas há quem o compre.
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A The New Butchers, Foodtech que apesar do nome é 100% brasileira, é uma das empresas que está tentando convencer os consumidores a mudarem seus hábitos alimentares, até mesmo em datas comemorativas. Para Páscoa 2021, a marca está apostando em dois novos produtos que, segundo ela, tem textura, gosto e aparência de bacalhau, mas na verdade, é feito de carne de jaca.
Os que toparem a experiência de substituir o peixe pela jaca poderão encontrar as caixas da bacalhoada e do bolinho de bacalhau da The New Butchers nas lojas da rede Pão de Açúcar a partir de hoje (10).
A bacalhoada, que nada mais é do que a recriação do bacalhau que você já conhece, será vendida em porções congeladas individuais de 240 gramas ao preço de 22,90 reais. A embalagem acompanha batatas, pimentão vermelho, amarelo, azeitona, tomates e cebolas. Já o Bolinho de Bacalhau, que também está saindo por 22,90 reais, é comercializado em caixas com 200 gramas de produto totalmente vegano.
“Os produtos plant-based têm uma procura crescente em nossas lojas e estão cada vez mais presentes no cardápio dos consumidores. A nossa intenção é trazer cada vez mais novos sabores e opções para este público que tem crescido muito”, diz André Artin, Gerente de Desenvolvimento Comercial no Pão de Açúcar. “A nossa parceria com a The New Butchers, que existe desde 2019, vem ao encontro desta tendência de consumo e nos permite oferecer linhas de produtos inovadores e diferenciados para os nossos clientes”, completa.
Fundada em 2019, a The New Butchers conta hoje com uma fábrica de 950m² na zona leste de São Paulo. No local, a empresa vegana recria carnes como peixes, frango e carne vermelha, tudo à base de produtos naturais, como jaca e proteína de ervilha. “Estamos desde 2017 trabalhando em pesquisas que permitiram que nossa oferta fosse diferente do que se encontra hoje no mercado. Não utilizamos gordura hidrogenada de palma, optamos por utilizar gordura natural de coco, por exemplo, que unido à proteína de ervilha apresenta um sabor inigualável”, comenta Bruno Fonseca, CEO e fundador da marca.
Lá fora, marcas especializadas em carne à base de plantas estão conseguindo demarcar seu lugar no mercado com certo êxito. A americana Beyond Meat, líder mundial do segmento, por exemplo, disse ter aumentado suas vendas em 195% durante a pandemia. A empresa é avaliada em mais de 8 bilhões de dólares. Aqui no Brasil, a líder das plant-based, é a Fazenda do Futuro, que em setembro passado obteve um aporte de 115 milhões de reais, elevando seu valor de mercado a 715 milhões de reais.
No cenário atual, a tendência é que as marcas e os consumidores de produtos desse segmento continuem brotando, o que por sua vez poderá baratear o preço final pago pelos consumidores. Para as empresas, no entanto, o maior desafio é acompanhar o ritmo frenético do consumo da carne convencional.
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