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Pesquisadores sugerem mudar classificação da Covid-19 para febre viral trombótica

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Pesquisadores sugerem mudar classificação da Covid-19 para febre viral trombótica


A nova classificação foi criada após pesquisadores de instituições de assistência médica e científica no Brasil compararem o impacto do coronavírus com outras viroses. Especialistas apontam que denominação atual não é fidedigna aos efeitos da doença no corpo Imagem vírus molécula Covid-19 coronavírus
Peter Linforth/Pixabay
Um grupo de pesquisadores defendeu em artigo publicado na quarta-feira (14) que a Covid-19 seja a primeira doença infecciosa classificada como febre viral trombótica. Atualmente, a doença é reconhecida como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os especialistas apontam que termo não é fidedigno aos efeitos da patologia no corpo.

“Nossa proposta é mais abrangente e pretende enquadrar a Covid-19 em uma terminologia mais clínica”, afirmam os autores em artigo publicado na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.
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A nova classificação foi criada após pesquisadores de instituições de assistência médica e científica no Brasil compararem o impacto do coronavírus com outras viroses. O efeito correspondia ao oposto do que era observado em doenças como a febre amarela e a dengue, que são caracterizadas como febres virais hemorrágicas.
Apontado como o primeiro agente infeccioso capaz de aumentar a formação de coágulos – ou trombos – no corpo humano, os pesquisadores sugerem que a Covid-19 seja classificada como primeira febre viral trombótica.
A discussão sobre a nova adequação da Covid-19 reuniu um time especialistas de diferentes áreas do conhecimento. Ao todo, Hospital Pró-Cardíaco, IOC/Fiocruz (Instituto Oswaldo Cruz), Unifase (Faculdade de Medicina de Petrópolis), Inca (Instituto Nacional do Câncer), Fiocruz Paraná (Instituto Carlos Chagas) e United Health Group.
Incidência de coágulos na Covid-19
Um ano depois do início da pandemia no mundo, pesquisas comprovam que o impacto do coronavírus vai além do sistema respiratório. De acordo com o estudo, as infecções, de forma geral, aumentam as chances na formação de trombos, mas a Covid-19 se destaca justamente pelos danos causados ao endotélio, tecido que reveste os vasos sanguíneos.
“A Covid-19 emergiu afetando a todos, mas promovendo um pior desfecho, em geral, naquela população mais idosa, com síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, diabetes, ou seja, naqueles onde uma inflamação do endotélio pré-existente teria maior impacto”, explica o médico cardiologista Rubens Costa Filho, que liderou o artigo.
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Segundo o médico, que também é fundador e coordenador da UTI do Hospital Pró-Cardíaco, a incidência de desenvolvimento de tromboembolismo venoso no ambiente de terapia intensiva pode chegar a 80%.
“Outros estudos mostram que o risco de complicações trombóticas da Covid-19, quando comparada a Influenza, em pacientes hospitalizados com infecções pulmonares, chega a ser 2 vezes maior”, explica.
Vacina pode agravar a formação de coágulos?
Na terça-feira (13), duas agências federais americanas, o FDA e o CDC, recomendaram que a aplicação da vacina da Johnson contra a Covid-19 fosse pausada nos Estados Unidos depois de 6 casos de coágulos raros em pacientes que receberam o imunizante.
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A vacina da Johnson é a única aplicada em uma única dose. Ela também já foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada no Brasil, mas ainda não está sendo aplicada no país.
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De acordo com o cardiologista, não é novidade que as vacinas podem raramente desenvolver uma tendência trombótica. Essa tendência também não é considerada um sintoma adverso dos imunizantes contra a Covid.
Outros medicamentos possuem o mesmo efeito. No caso da heparina, a incidência é de 0,1 a 5% daqueles que a utilizam. Ainda assim, o fármaco é administrado em larga escala no mundo todo.
“Até o momento para as vacinas Covid-19foram descritos 11 casos pelo grupo do professor Andreas Greinacher, na Alemanha, e 4 casos descritos pelo grupo da professora Nina Schultz entre 130 mil vacinados”, aponta o cardiologista. “É muito mais risco de se fazer tromboses contraindo a Covid-19 do que tomar uma vacina ou heparina”, completa
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