Receita de R$ 150 mi e olho na Europa: Invillia cresce e já planeja o IPO
Após crescer mais de 70% no ano passado, a Invillia, empresa de tecnologia fundada 2001 e que atua com processos de inovação para clientes como Via Varejo, iFood, Gympass, Mastercard, entre outros, já está planejando sua entrada sua chegada no mercado de capitais abertos. Em entrevista exclusiva para a EXAME, Renato Bolzan, presidente da companhia, declarou que o processo pode ocorrer já neste ano.
A vida está mais complexa, a rotina mais intensa, mas a EXAME Academy pode ajudar no seu desenvolvimento pessoal e profissional
A Invillia funciona como uma consultoria de inovação. A companhia auxilia na criação de produtos e serviços que possam atender às demandas de cada um de seus 35 clientes. Podem ser necessidades externas ou mesmo internas, como a criação de um sistema para facilitar o trabalho remoto, por exemplo.
Foi justamente isso que foi feito para a Via Varejo, uma das principais clientes da empresa. O desafio era criar uma plataforma que possibilitasse uma maior integração entre os funcionários que trabalham em um esquema híbrido. Já para o iFood, a Invillia auxiliou no plano da startup para criar seu próprio vale-refeição. O diferencial é que todo o serviço é digitalizado, sem a necessidade de um cartão físico.
A pandemia que travou o mundo e impulsionou a digitalização acelerou os negócios. O faturamento que já havia crescido 50% em 2019, para 88 milhões de reais, somou 150 milhões de reais no ano passado. A alta de 70% se dá justamente pela necessidade das empresas de criar mais estratégias para ganhar dinheiro em um ano atípico. Para 2021, a meta é crescer 77%.
Com sede em Araraquara, no interior paulista, a Invillia ganhou o mundo. Já são mais de 750 empregados em sete países. “A pandemia nos ajudou muito a crescer porque já tínhamos um modelo de trabalho remoto criado ainda em 2017 e que foi ampliado nos últimos anos”, diz Bolzan. Havia um plano de transferir a sede para Luxemburgo, mas que ainda não saiu do papel.
A expansão internacional começou por Portugal e já se expandiu para Reino Unido, Holanda e México. A expansão para os Estados Unidos está no radar e deve acontecer ainda neste ano. A meta é de que a fatia da receita obtida com os negócios no exterior passe de 5% para 20% em 2021.
Por este motivo, o plano de abertura de capital deve ocorrer bem longe dos balcões da B3. Ao contrário de outras empresas de tecnologia que invadiram a bolsa de valores brasileira nos últimos anos, casos de companhias já consolidadas como Locaweb, Mosaico e Intelbras, a ideia é abrir capital no exterior como mais um esforço para consolidar a empresa no mercado internacional.