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Robôs para manter a juventude. E até fazer sexo!

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Robôs para manter a juventude. E até fazer sexo!


Fundação alemã destinou 4.5 milhões de euros para a criação de uma nova geração de máquinas destinadas a auxiliar idosos O assunto é recorrente aqui no blog: como manter a independência na velhice e poder viver sem ajuda (ou algo perto disso)? A fundação alemã Carl Zeiss destinou 4.5 milhões de euros para desenvolver uma nova geração de robôs humanoides, versáteis e customizáveis para auxiliar idosos. Os cientistas do Karlsruher Institut für Technologie (KIT) estão trabalhando para criar máquinas capazes de realizar as tarefas do dia a dia que vão se tornando difíceis à medida que se envelhece. O projeto atende pelo simpático nome “Young at heart with robots” (“Jovem de espírito com robôs”) e os “ajudantes” serão programados para pegar coisas, pôr e tirar a mesa, colocar os pratos no lava-louças e se comunicar com as pessoas do círculo de relações do seu dono. Um desdobramento do projeto prevê o desenvolvimento de exoesqueletos que possibilitem aumentar a mobilidade dos mais velhos.
Robôs para realizar as atividades domésticas: uma alternativa para manter a independência dos idosos
Divulgação
O professor Holger Hanselka, presidente do KIT, afirma que uma sociedade em processo de envelhecimento precisa encontrar respostas para garantir a qualidade de vida dos cidadãos: “ao mesmo tempo, precisamos resolver a questão da falta de mão de obra de enfermeiros e cuidadores. Robôs podem ser a solução”. Graças à inteligência artificial, terão a capacidade de aprender continuamente, alargando seu repertório de ações. No cronograma, eles serão treinados num apartamento do instituto e testados depois numa instituição de longa permanência.
No entanto, as possibilidades não param por aí. Na Universidade de Washington, em Seattle, já se pensa na viabilidade de robôs para amizade e sexo para barrar os efeitos negativos do isolamento social. É o que propõe a professora de bioética Nancy Jecker, em artigo publicado no meio do mês passado no “Journal of Medical Ethics”. Ela argumenta que o mercado erótico já dispõe de robôs sofisticados – na casa de dezenas de milhares de dólares – cujo público alvo é composto por homens jovens. Sem entrar na questão de que os modelos só reforçam a estereótipo da mulher-objeto, os produtos ignoram um considerável de volume de potenciais consumidores acima dos 65 anos. “Partimos do princípio que idosos não se interessam por sexo, ou mesmo pior: que isso é algo bizarro e sujo. Temos a mesma atitude preconceituosa em relação a indivíduos com deficiências, sem levar em conta seus desejos e necessidades como seres humanos”.
Entre os 60 mais nos EUA, 43% se declaram solitários, de acordo com pesquisa realizada pela Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina e divulgada em fevereiro. Para a doutora Jecke, que estuda há décadas o envelhecimento populacional sob a ótica da bioética, a visão do sexo unicamente como manifestação de luxúria é estreita: “criar robôs de companhia pode oferecer uma opção para quem tem uma doença crônica ou incapacidade. Essas pessoas não perderam o desejo, mas o foco da medicina se limita a aliviar sintomas, ignorando carências físicas e emocionais”. Na sua opinião, no Japão, os cientistas são mais abertos ao alcance da robótica: “eles não se preocupam apenas com a tecnologia, mas com questões como qual o tipo de relacionamento poderá ser criado entre o robô e seu usuário. Não compartilham da visão ocidental de que são coisas vazias com as quais é impossível se relacionar”. Certamente, é uma boa discussão.

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