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Twitter remove vídeo de Roberto Jefferson por "ameaça de violência"

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Twitter remove vídeo de Roberto Jefferson por "ameaça de violência"

O Twitter removeu neste domingo, 4, um vídeo publicado pelo presidente nacional do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, em que ele aparecia convidando a população a se armar para combater o “Satanás que quer fechar igreja”.

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Na publicação, feita na sexta-feira, 2, o ex-deputado apresentava o que chamou de “kit anti-satanás”. “Tem um Satanás armado? Esse imediatamente um irmão patriota bota fora de combate”, disse, enquanto empunhava uma arma.

O político exibia ainda como parte do “kit” um cabo de enxada, um taco de beisebol e um chicote. O vídeo era acompanhado pela mensagem: “Kit anti-satanás. Os comunistas que querem fechar as igrejas. Devem ser exorcizados. (sic)”.

Condenado no mensalão e recentemente convertido a aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Jefferson também sugeria que cristãos usassem uma balaclava na “hora que chegar o Satanás para fechar a igreja” porque “não pode respirar o ar do Satanás, para não adoecer”. Apesar de ter recomendado a proteção o ex-parlamentar usa as redes sociais para desincentivar medidas preventivas contra o novo coronavírus apoiadas por autoridades sanitárias.

A publicação surgiu no momento em que grupos evangélicos manifestavam insatisfação com medidas de gestores regionais que proibiram celebrações religiosas presenciais em razão do recrudescimento da pandemia.

A permissão surgiu apenas no sábado, 3, a partir da decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, que liberou cultos e missas realizados presencialmente.

Corrupto confesso, Roberto Jefferson já chegou a ter a conta no Twitter restringida, no fim de março, após defender a criação de milícias em Juiz de Fora (MG) para “dar um pau” na guarda municipal. Os agentes atuam na fiscalização de medidas sanitárias na pandemia.

O Twitter informou que a publicação violou as regras de conduta. A rede social diz vetar que usuários promovam “ameaça de violência” e a “glorificação da violência”.

O ex-deputado foi procurado, mas ainda não se manifestou.