União Química diz ter concluído lote piloto da vacina Sputnik V produzida totalmente no Brasil
Insumo para produção da vacina foi fabricado no Brasil após transferência tecnológica. A farmacêutica afirmou que enviará o lote para a Rússia para validaçãciencio do imunizante. Frasco de vacina da Sputnik V, vacina desenvolvida na Rússia e em produção no Brasil pela União Química
Celso Júnior/Divulgação
A farmacêutica União Química afirmou ter concluído nesta terça-feira (30) o primeiro lote da vacina Sputnik V fabricada totalmente no Brasil. A produção foi possível por causa da transferência tecnológica do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da Rússia para a empresa brasileira.
A empresa afirmou que esse primeiro lote será integralmente enviado à Rússia para validação do imunizante. Na sexta-feira (26), a União Química entrou com o pedido para uso emergencial do imunizante na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O prazo de análise, que seria de sete dias, foi paralisado pela reguladora.
De acordo com a Anvisa, 18% do total dos documentos obrigatórios para a abertura do processo ainda não foram entregues e outros 18% também precisam de complementação.
Que vacina é essa? Sputnik V
Em janeiro, a União Química já havia apresentado um pedido para uso emergencial da vacina, mas o processo também não seguiu adiante pela falta de documentação obrigatória.
A falta de aprovação da vacina russa pela reguladora brasileira coloca em risco o cronograma de imunização divulgado pelo Ministério da Saúde. São 10 milhões de doses incluídas no calendário de vacinação até final de junho, sendo que 400 mil deveriam chegar até esta quarta-feira (31).
Datas de entrega:
até 31 de março: 400 mil doses
até 30 de abril: mais 2 milhões de doses
até 31 de junho: mais 7,6 milhões de doses
A Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, foi autorizada para uso emergencial pelo governo russo antes mesmo do fim dos estudos clínicos. A vacina já foi aprovada para uso na Argentina e em outros países da América Latina.