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Afinal, qual a melhor métrica para implementar o Acordo de Paris?

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Afinal, qual a melhor métrica para implementar o Acordo de Paris?

Para possibilitar a implementação das metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, é preciso utilizar métricas de emissões de gases de efeito estufa que sejam uma forma simples de quantificar o impacto climático.

Nesse sentido, algumas métricas foram criadas para converter a emissão de gases que não o gás carbônico em seu equivalente em termos de CO2, o que permite que diferentes países e locais possam comparar sua produção de gases de efeito estufa e realizar facilmente o comércio de créditos de carbono.

Um novo estudo, publicado no final de maio no periódico científico Science Advances, investigou qual a métrica de melhor custo-benefício para implementar o Acordo de Paris, que mira a limitação do aquecimento global a 1,5 °C até o final do século.

Potencial de Aquecimento Global

Uma das métricas analisadas é o Potencial de Aquecimento Global (Global Warming Potential ou GWP100), que mede quanta energia a emissão de 1 tonelada de um determinado gás absorve em 100 anos em relação a 1 tonelada de gás carbônico. Assim, quanto maior o GWP100, mais um gás esquenta a Terra em relação ao CO2.

Potencial de Custo-Benefício Global

Outra opção é o Potencial de Custo-Benefício Global (Global Cost-Effective Potential, ou GCP), métrica econômica obtida por meio da divisão da disposição de pagar pela emissão de uma unidade de um gás pela disposição de pagar pela emissão de uma unidade de CO2.

Potencial de Mudança da Temperatura Global

Por fim, os pesquisadores analisaram também o Potencial de Mudança da Temperatura Global (Global Temperature Change Potential, ou GTP), que equivale às emissões de diferentes gases em relação à mudança final na temperatura do planeta após determinado período de tempo.

Em seguida, os cientistas criaram cinco cenários possíveis de aquecimento global, que variaram entre uma média da temperatura da Terra que ultrapassa muito os 2 °C, e depois se estabiliza nessa marca, e um em que ela não ultrapassa os 1,5 °C.

Conclusão

De acordo com a pesquisa, o método que oferece o melhor custo-benefício é flexibilizar a escolha das métricas, ou seja, variar de métrica de acordo com o que se pretende investigar e com o período em questão. Dessa forma, por exemplo, quando se analisa a hipótese do aumento estável de 2 °C, a melhor métrica é o GWP100 até a década de 2050, quando então o GWP50 passa a apresentar o melhor custo-benefício.

Por outro lado, o uso do GTP pode criar custos adicionais de mais de 10%, e o uso do GWP, 8%, devido à necessidade de se abater mais gás carbônico a custos maiores para compensar as emissões de CH4 que, nesse cenário, seriam avaliadas a preços baixos. Nesse caso, a aplicação do GCP poderia ser mais interessante.

Vale destacar que a métrica escolhida influencia as ações e as políticas que serão empregadas em cada caso, o que faz com que seja necessário realizar uma decisão ponderada sobre qual método é o melhor. Na prática, essas medidas serão traduzidas em leis e regras que guiarão a indústria e o comércio, e podem afetar a economia global significativamente.