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Cada pessoa infectada com Covid-19 transmitiu doença para outras 3 nos primeiros meses da epidemia no Brasil, mostra estudo

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Cada pessoa infectada com Covid-19 transmitiu doença para outras 3 nos primeiros meses da epidemia no Brasil, mostra estudo


Pesquisa publicada nesta sexta-feira (31) em uma revista do grupo ‘Nature’, um dos mais importantes do mundo, descreve as características epidemiológicas da doença no país. Mais de 90 mil pessoas morreram pela infecção em solo brasileiro. Vista aérea do cemitério Parque Tarumã em meio ao surto de coronavírus em Manaus no dia 15 de junho.
Bruno Kelly/Reuters
Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira (31) na revista científica”Nature Human Behaviour”, do grupo “Nature”, um dos mais importantes no mundo, mostra que, entre fevereiro e maio, cada pessoa infectada com a Covid-19 no Brasil infectou, em média, outras três com a doença.
O estudo descreve as características epidemiológicas da doença no país, onde mais de 90 mil pessoas morreram por causa da infecção. A pesquisa foi conduzida por cientistas do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP, da Universidade de Oxford e do Imperial College de Londres.
O Brasil teve uma taxa de transmissão mais alta se comparado a países como Itália, França, Reino Unido e Espanha, cujas estimativas ficaram entre 2,5 e 2,6. Isso significa dizer que, nesses países, uma pessoa infectada contaminava, em média, entre 2 e 3 outras.
Esse índice é chamado de R0, e identifica quantas pessoas uma pessoa infectada é capaz de contaminar com uma doença. Para que a transmissão de uma infecção seja contida, esse número precisa ficar abaixo de 1 (ou seja, é preciso que uma pessoa infectada não consiga contaminar nenhuma outra).
Os cientistas frisaram, entretanto, que, como os valores são uma média, os índices do Brasil podem se aproximar, na prática, daqueles dos países europeus.
“Os intervalos críveis de nossas estimativa são mais baixos em comparação com as estimativas publicadas anteriormente para o Brasil”, lembram.
“Também observamos a rápida disseminação da Covid-19 pelo país, com municípios mais populosos e com melhor conexão sendo afetados mais cedo e municípios menos populosos sendo afetados em um estágio posterior da epidemia”, escrevem os pesquisadores no estudo.
“Apenas a mitigação (e não a supressão) da epidemia foi alcançada até o momento, o que tem sido associado a um excesso substancial de mortes devido à falta de assistência médica disponível”, pontuam.
Desigualdade
11 de julho – Profissionais da saúde removem equipamentos de proteção depois de examinar moradores em busca de sintomas de Covid-19, na favela Deonar, em Mumbai, na Índia. Em apenas três semanas, a Índia passou do sexto país mais afetado pelo coronavírus para o terceiro, segundo uma contagem pela Universidade Johns Hopkins
Rajanish Kakade/AP
Os pesquisadores também identificaram uma associação entre maior renda e mais diagnósticos de Covid-19. Já entre a população com menor nível socieconômico, houve mais casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) de causa desconhecida. A SRAG é uma das principais consequências da infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).
“Conforme bases clínicas e epidemiológicas, é provável que muitos casos de SRAG com causa (etiologia) desconhecida sejam causados por Sars-CoV-2”, dizem.
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Os cientistas creditam a falta de acesso igualitário aos testes como um fator para a “disseminação rápida e sustentada da epidemia no Brasil”.
“Nossos dados descobrem um viés socioeconômico nos testes e diagnósticos nas diretrizes de vigilância atuais e sugerem que o número de casos confirmados relatados pode subestimar substancialmente o número de casos na população em geral, particularmente em regiões de menor nível socioeconômico”, dizem.
“As diferenças socioeconômicas estão associadas ao acesso aos cuidados de saúde e devem ser levadas em consideração ao projetar intervenções direcionadas”, continuam.
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“Nossos resultados fornecem novas percepções sobre a epidemia brasileira de Covid-19 e destacam o alto potencial de transmissão do Sars-CoV-2 no país, o papel de seus grandes centros urbanos e a falta de lockdown”, afirmam os pesquisadores no estudo.
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