Cientistas inspirados em 'Star Wars' criam pele artificial capaz de ter sensações
‘Pele eletrônica’ processa informações mais rápido do que o sistema nervoso humano e é capaz de reconhecer de 20 a 30 tipos de texturas. Pesquisadores esperam ajudar pessoas com próteses. Pele artifical consegue identificar de 20 a 30 tipos de texturas e tem 90% de assertividade para leitura de braille
Joseph Campbell/Reuters
Pesquisadores de Singapura desenvolveram uma “pele eletrônica” capaz de recriar a sensação do tato. Com a inovação, eles esperam permitir que pessoas com próteses detectem objetos, além de sentir textura, temperatura e até dor.
O dispositivo, chamado ACES, ou “Asynchronous Coded Electronic Skin”, é composto por 100 pequenos sensores e tem perto de 1 cm².
Os pesquisadores da Universidade Nacional de Singapura dizem que a pele artificial processa informações mais rápido do que o sistema nervoso humano e é capaz de reconhecer de 20 a 30 tipos de texturas, além de ler cartas em braille com mais de 90% de precisão.
Dr. Benjamin Tee demonstra que pele artificial é capaz de diferenciar texturas
Joseph Campbell/Reuters
“Os humanos precisam deslizar para sentir a textura, mas neste caso a pele, com apenas um toque, é capaz de detectar texturas de rugosidade diferente”, disse o líder da equipe de pesquisa Benjamin Tee, acrescentando que os algoritmos de inteligência artificial permitem que o dispositivo aprenda rapidamente.
Uma demonstração mostrou que o dispositivo conseguiu detectar que uma esfera mole era macia e determinar que uma esfera de plástico sólida era dura.
Dr. Benjamin Tee, líder do grupo de pesquisas sobre nova pele aritificial
Joseph Campbell/Reuters
“Quando você perde o sentido do tato, fica essencialmente entorpecido… e os usuários de próteses enfrentam esse problema”, disse Tee.
Ele afirmou que o conceito foi inspirado em uma cena da trilogia de filmes “Star Wars”, na qual o personagem Luke Skywalker perde a mão direita e ela é substituída por uma robótica, aparentemente capaz de experimentar sensações de toque novamente.
Luke Skywalker e mão robótica em filme da saga ‘Star Wars’
Reprodução/YouTube/Star Wars
De acordo com Tee, a tecnologia ainda está em estágio experimental, mas já existe “um tremendo interesse” para investimento, especialmente da comunidade médica.