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Como são os planos da Nasa para levar a primeira mulher à Lua até 2024

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Como são os planos da Nasa para levar a primeira mulher à Lua até 2024


A Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, traça formalmente seu plano de US$ 28 bilhões para retornar astronautas à Lua até 2024, incluindo a primeira mulher. Turma mais recente de astronautas graduados inclui seis mulheres — cinco da Nasa e uma da Agência Espacial Canadense
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A agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, traçou formalmente seu plano de US$ 28 bilhões (mais de R$ 150 bilhões) para retornar à Lua em 2024 — uma missão que deve contar com a primeira visita de uma mulher à superfície lunar.
Como parte de um programa chamado Artemis, a Nasa enviará um homem e uma mulher no primeiro pouso com humanos desde 1972.
O cronograma da agência depende, no entanto, de o Congresso liberar US$ 3,2 bilhões (R$ 17 bilhões) para a construção de um sistema de aterrissagem.
Os astronautas viajarão em uma cápsula parecida com a da missão Apollo, chamada Orion, que será lançada em um poderoso foguete chamado SLS.
“Os US$ 28 bilhões representam os custos associados aos próximos quatro anos no programa Artemis para pousar na Lua. Financiamento do SLS, financiamento da Orion, do sistema de pouso humano e, claro, dos trajes espaciais — todas as coisas que fazem parte do programa Artemis estão incluídas”, disse nesta semana o administrador da Nasa, Jim Bridenstine.
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Mas ele explicou: “O pedido de orçamento que temos diante da Câmara e do Senado agora inclui US$ 3,2 bilhões para o sistema de pouso humano em 2021. É extremamente importante que a gente consiga esses US$ 3,2 bilhões.”
A Câmara dos Deputados dos EUA já aprovou um projeto de lei alocando US$ 600 milhões (R$ 3,2 bi) para o módulo lunar. Mas a Nasa precisará de mais fundos para desenvolver o veículo por completo.
Em julho de 2019, Bridenstine disse à emissora americana CNN que a primeira mulher astronauta a andar na Lua em 2024 seria alguém “que foi colocada à prova, alguém que voou, alguém que já esteve na Estação Espacial Internacional”. Ele também disse que seria alguém já no corpo de astronautas.
No momento desta entrevista, havia 12 astronautas ativas. Desde então, juntaram-se a elas outras cinco astronautas da Nasa que se formaram no curso de treinamento no início deste ano. Mas ainda não está claro se elas poderiam cumprir os critérios a tempo de voar na primeira missão de pouso em 2024.
Questionado sobre o cronograma para a escolha de membros da tripulação da Artemis, o chefe da Nasa disse que esperava selecionar uma equipe pelo menos dois anos antes da primeira missão.
No entanto, ele disse: “Acho que é importante começarmos a identificar a equipe Artemis mais cedo… principalmente porque acho que vai servir como uma fonte de inspiração.”
Ao enviar astronautas de volta à Lua, a Casa Branca quer renovar a liderança americana no espaço. Também há planos para extrair depósitos valiosos de gelo de água do Polo Sul lunar. Eles poderiam ser usados ​​para fazer combustível para foguetes na Lua (a um custo menor do que transportá-los da Terra), servindo como base para uma economia lunar.
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, também citou preocupações sobre as ambições de viagens espaciais da China. Em janeiro de 2019, a superpotência asiática se tornou a primeira nação a pousar suavemente um robô no outro lado da Lua. O país está se preparando para sua primeira missão de entregar amostras de solo lunar para laboratórios na Terra.
O país tem desenvolvido uma espaçonave de próxima geração para que astronautas chineses possam ir para destinos no espaço profundo, como a Lua. Embora a China não tenha um cronograma para chegar lá até 2024, ela pode fazer nesta década um progresso considerável em direção a essa meta.
O novo documento da Nasa descreve a Fase 1 do plano dos EUA, que inclui um voo de teste sem tripulação em torno da Lua (chamado Artemis-1) no outono de 2021.
A chefe de voo espacial humano da Nasa, Kathy Lueders, disse que a Artemis-1 duraria cerca de um mês para testar todos os sistemas críticos. Segundo ela, o voo de demonstração reduziria o risco para a Artemis-2, que repetirá a viagem ao redor da Lua com astronautas.
Um novo teste foi acrescentado a esta missão: uma demonstração de operações de proximidade. Logo após a Orion se separar do estágio superior do foguete SLS (conhecido como estágio de propulsão criogênica provisória), os astronautas pilotarão manualmente a espaçonave conforme se aproximam e se afastam do satélite da Terra.
Isso permitirá avaliar as qualidades de manuseio da Orion, junto com o desempenho de hardware e software da espaçonave.
A Artemis-3 se tornará a primeira missão a enviar astronautas à superfície lunar desde a Apollo 17, há cerca de 48 anos.
A Nasa alocou US$ 967 milhões (R$ 5,3 bilhões) para contratar empresas que trabalhem em projetos do veículo de pouso que os levará até lá.
Mais para o fim da década, o plano prevê que a Nasa estabeleça uma base para humanos, chamada de acampamento-base de Artemis, que incluiria a infraestrutura necessária para a exploração da lua a longo prazo.
Em comparação com a Artemis, o programa Apollo nas décadas de 1960 e 1970 custou mais de US$ 250 bilhões (mais de R$ 1,3 trilhão) em valores ajustados pela inflação.
No entanto, os US$ 28 bilhões para este novo plano não incluem o dinheiro já gasto no desenvolvimento da espaçonave Orion e do foguete Sistema de Lançamento Espacial (SLS).

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