Dois milhões de mortes por coronavírus são 'muito prováveis' se países não agirem contra a pandemia, diz diretor da OMS
Michael Ryan lamentou o mundo se aproximar da marca de 1 milhão de mortes em apenas nove meses de pandemia. Estudos apontam que 74% das mortes por covid-19 no Brasil sejam de pessoas com mais de 60 anos
Reuters
O diretor de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, lamentou o mundo se aproximar da marca de 1 milhão de mortes por coronavírus e alertou que o número de vítimas poderá dobrar se os países não tomarem ações coletivas em larga escala contra a pandemia.
“Não esperávamos perder 1 milhão de pessoas nove meses atrás, e a vacina contra a Covid-19 ainda pode demorar mais 9 meses”, afirmou Ryan durante coletiva nesta sexta-feira (25).
O diretor lembrou que, apesar do mundo ter cerca de 200 vacinas em teste contra o coronavírus, os governos não podem esperar pela vacina para conter a evolução da pandemia.
“Se não fizermos o nosso melhor, o número que você me falou (dois milhões) não é somente possível como, infelizmente, muito provável”, disse o diretor em resposta a um jornalista sobre o avanço dos casos e óbitos no mundo.
Até esta sexta, o mundo registrou mais de 32 milhões de casos e mais de 979 mil mortes por coronavírus, segundo a OMS.
10 países têm mais de 70% das mortes
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanon, lembrou que os números da pandemia não estão distribuídos uniformemente pelos 235 países que registram transmissão da Covid-19.
“Mais de 70% do número de mortes e 70% do número de casos vieram de apenas 10 países”, disse Tedros.
Brasil e Estados Unidos seguem como os países com o maior número de mortes e casos da Covid-19. Enquanto os americanos somam mais de 200 mil mortes, o Brasil registrou mais de 32 mil novos casos nas últimas 24h e se aproxima das 140 mil mortes.
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