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Ibovespa supera 128 mil pontos e quebra recorde pelo 3º pregão consecutivo

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Ibovespa supera 128 mil pontos e quebra recorde pelo 3º pregão consecutivo

O Ibovespa iniciou junho superando, pela primeira vez na história, a marca dos 128.000 pontos e registrando a maior alta percentual desde março. O principal índice da B3 avançou 1,63% nesta terça-feira, 1, fechando o pregão aos 128.267,05 pontos.

Com o resultado, o Ibovespa bateu seu próprio recorde pelo terceiro pregão consecutivo. O índice chegou aos 128.363,49 pontos na máxima do dia, renovando também seu recorde intradiário.

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O desempenho da bolsa acompanhou o forte resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2021, que se somou ao otimismo global com a recuperação econômica pós-pandemia. 

Segundo o IBGE, o Brasil cresceu 1,2% de janeiro a março na comparação com o quarto trimestre, superando a mediana das estimativas de mercado. No consenso da Bloomberg, a expectativa era de alta de 0,9%. O resultado foi puxado pelo consumo empresarial e por investimentos.

“O plano do [ministro da Economia Paulo] Guedes de aumentar a demanda privada via investimentos está dando certo e o ajuste liberal em curso parece ter ganhado tração. Com a melhora da vacinação, a expectativa é de que a economia melhore ainda mais nos próximos trimestres”, disse André Perfeito, economista-chefe da Necton, em nota.

Com o Ibovespa quebrando recordes e os cenários interno e externo favoráveis às ações, o mercado já começa a revisar as projeções do Ibovespa para este ano. Na véspera, o Banco Inter estimou que o índice deve atingir 142.000 pontos ainda em 2021.

“O mais importante para o mercado é a expectativa de um segundo semestre mais forte, em linha com a vacinação e a reabertura, fortalecendo teses e ativos que se beneficiam desse movimento doméstico”, destacaram, em nota, analistas da Exame Invest Pro.

Na bolsa, a sessão foi marcada por fortes altas das ações que podem se beneficiar da reabertura da economia local. Entre os maiores ganhos do Ibovespa, as ações das Lojas Americanas (LAME4) disparam 7,59%, seguidas pelos papéis da Ultrapar (UGPA3) e Via Varejo (VVAR3), que subiram 7,25% e 6,63%, respectivamente.

Na ponta oposta, os papéis de tecnologia perderam força. As ações da Locaweb (LAME4) lideraram as perdas, caindo 5,54%. Na sequência, as units do Banco Inter (BIDI11) caíram 3,60%.

Exportadoras como Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) também operaram em baixa superior a 2%, acompanhando as perdas do dólar. Com a recuperação da economia brasileira, o real se fortaleceu, fazendo a moeda americana ser negociada abaixo da marca de 5,15 reais.

A maior alta do pregão, porém, foi da BRF (BRFS3), que entrou em leilão às 14h56 em alta próxima de 1,5% e saiu às 16h negociada acima de 9%. Segundo o portal Brazil Journal, é provável que a Marfrig (MRFG3) esteja novamente comprando ações da concorrente ou transformando derivativos em posição à vista. 

Caso a Marfrig exceda a marca de 25% do capital adquirido da BRF, deverá informar o mercado por meio de fato relevante em até três dias. As ações da BRF fecharam o pregão em alta de 9,55%, enquanto as da Marfrig subiram 0,60%.

Maiores altas

Maiores quedas

BRF BRFS3

9,55%

Locaweb LAME4

-5,54%

Lojas Americanas LAME4

7,59%

Banco Inter BIDI11

-3,60%

Ultrapar UGPA3

7,25%

Klabin KLBN11

-2,39%

Recuperação no exterior

Na Europa, índices de gerente de compras (PMIs) também surpreenderam positivamente, com quase todos saindo superando expectativas. Na Zona do Euro, o PMI industrial bateu 63,1 pontos ante estimativas de 62,8 pontos. Já na Alemanha, o PMI industrial ficou em 64,4 pontos, também acima do esperado. 

Nos Estados Unidos, o PMI industrial acelerou de 61,5 para 62,1 pontos. Por lá, porém, a recuperação também é sinônimo de temores com o aumento generalizado de preços. 

Investidores locais temem que o aumento da inflação force o Federal Reserve (Fed, banco central americano) a aumentar a taxa de juros antes de 2023, como está previsto. A mudança seria prejudicial para opções de investimento mais arriscadas, como a renda variável. 

Como resultado, as bolsas de NY tiveram um dia misto. O índice Dow Jones, mais ligado à economia tradicional, subiu 0,13%, enquanto o S&P 500 e o índice de tecnologia Nasdaq registraram leve variação negativa de 0,05% e 0,09%, respectivamente. 

Na Europa, a recuperação foi a pauta principal e os principais índices fecharam em terreno positivo. O índice pan-europeu STOXX 600 encerrou em alta de 0,75%, após atingir uma nova máxima intradiária.

Commodities seguem em disparada 

Os sinais de forte recuperação da economia global também impulsionaram o mercado de commodities e, consequentemente, a bolsa brasileira. O petróleo Brent bateu a marca de 70 dólares por barril – o maior patamar desde maio de 2019 – enquanto o WTI alcançou a máxima desde outubro de 2018. A commodity avançou na expectativa de que a retomada econômica aumente a demanda mundial por petróleo.

Na bolsa, as ações da Petrobras (PETR3/PETR4) reagiram à valorização e subiram 2,18% e 1,56%, respectivamente, ajudando a impulsionar o Ibovespa. Com menor participação no índice, a PetroRio (PRIO3) chegaram a avançar mais de 4%, mas viraram para queda e fecharam em baixa de 0,36%.

As ações da Vale (VALE3) também entraram em terreno negativo ao longo do pregão e encerraram o dia com um recuo de 1,38% – mesmo com a valorização do minério de ferro. Mais cedo, os papéis chegaram a subir mais de 2%, acompanhando a alta da commodity, que voltou a registrar forte alta na China, sendo negociado acima da marca de 200 dólares a tonelada. 

No caso da Vale, os papéis perderam força porque a companhia divulgou fato relevante informando sobre a paralisação das operações de Sudbury, na província canadense de Ontário. Segundo a mineradora, os trabalhadores recusaram um acordo coletivo, o que pode afetar a produção no local. 

Por outro lado, os papéis das siderúrgicas CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) seguiram embalados pela valorização do minério de ferro e avançaram 5,54%, 3,35% e 2,65%, respectivamente.

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