Lua azul: entenda porque teremos no domingo uma 'Blue Moon' original, mesmo sem a mudança de cor
Definição criada por revista astronômica relaciona o calendário das fases da lua com as estações do ano. Lua cheia azul (Blue Moon) ocorrerá em 22 de agosto
Gary Seronik
A cor deverá ser a mesma de sempre, mas a lua cheia deste domingo (22) preenche todos os requisitos para ser chamada de “Lua Azul” ou “Blue Moon”, como é conhecida em inglês.
Vídeo: Veja timelapse do eclipse solar anular
Popularmente, a expressão “lua azul” é usada para se referir ao satélite na segunda vez em que ele entra na fase cheia em um mesmo mês. A última vez em que isso aconteceu foi em 31 de outubro de 2020, segundo a revista americana especializada “Sky & Telescope”.
No entanto, essa definição não é a original do termo.
Segundo a revista, o termo surgiu em 1930. Ele se refere à terceira lua cheia de uma mesma estação do ano: é o caso da “Blue Moon” deste domingo. A primeira lua cheia deste inverno ocorreu em 24 de junho e, a segunda, em 23 de julho. A terceira será agora em 22 de agosto.
Ainda de acordo com a “Sky & Telescope”, a mudança da definição da lua azul cheia ocorreu em 1946, quando “o astrônomo amador e colaborador frequente do ‘Sky & Telescope’ James Hugh Pruett (1886–1955) interpretou incorretamente a descrição da revista”. Foi assim que surgiu a definição popular da “Blue Moon” associada à segunda lua cheia de um mesmo mês.
De qualquer forma, a Lua não deverá ficar realmente azul. Isso ocorre apenas em situações muito raras, quando erupções vulcânicas ou incêndios florestais enviam uma quantidade exagerada de fumaça e poeira fina para a atmosfera, alterando a tonalidade da luz refletida pelo satélite.
G1 no Youtube