Morte da Covid-19 entre idosos em instituições de longa permanência representa 80% dos casos nos países mais ricos, alerta OMS
Além dos idosos, diretor-geral da entidade também demonstrou especial preocupação com o aumento das infecções entre os jovens. 7 de junho – Idosa residente de um EHPAD (sigla em francês para “estabelecimentos médicos para idosos dependentes”) recebe presente de seu neto no Dia das Mães em Saint-Maur-des-Fosses, perto de Paris, durante a segunda fase da flexibilização das medidas de bloqueio tomadas para conter a propagação da pandemia do coronavírus (COVID-19)
Anne-Christine Poujoulat/AFP
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Gebreyesus, disse nesta quinta-feira (30) que até 80% das mortes pela Covid-19 em muitos países está entre idosos pacientes de instituições de longa permanência.
“Em muitos países, mais de 40% das mortes relacionadas à Covid-19 foram ligadas a instituições de longa permanência e até 80% em alguns países de alta renda”, disse Tedros.
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Durante coletiva de imprensa desta quinta, a OMS também demonstrou preocupação com o aumento das infecções entre os jovens.
“Os jovens também estão em risco. Um dos desafios que enfrentamos é convencer os jovens desse risco. Pessoas jovens não são invencíveis. Pessoas jovens podem se infectar, pessoas jovens podem morrer, pessoas jovens podem transmitir o vírus a outros”, alertou Tedros.
6 meses
O diretor-geral da entidade lembrou que nesta quinta faz seis meses que a OMS declarou emergência de saúde pública de interesse internacional por causa do coronavírus.
“Esta é a sexta vez que uma emergência de saúde pública de interesse internacional é declarada sob o Regulamento Sanitário Internacional, e é facilmente a mais grave”, disse Tedros sobre a pandemia do coronavírus esta semana.
Em 30 de janeiro, o coronavírus estava em circulação na China e em mais 18 países e nenhuma morte fora do país havia sido registrada ainda. Seis meses depois, o vírus está em circulação em 216 países.
“Quando declarei uma emergência de saúde pública de interesse internacional em 30 de janeiro – o nível mais alto de alarme nos termos do Direito Internacional -, havia menos de 100 casos da Covid-19 e nenhuma morte fora da China”, publicou Tedros em seu Twitter na segunda-feira (27).
Na segunda-feira (27), a OMS informou que a pandemia continua acelerando pelo mundo e os casos globais quase dobraram nas últimas 6 semanas.
“A pandemia continua a acelerar. Nas últimas 6 semanas, o número total de casos aproximadamente dobrou”, afirmou Tedros.
O dado significa que, com um total de mais de 16 milhões de infectados durante os quase seis meses de pandemia, o mundo registrou cerca de 8 milhões de casos em apenas seis semanas.
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