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Nobel de Química 2020: entenda o que é o Crispr, ferramenta que consegue editar o DNA

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Nobel de Química 2020: entenda o que é o Crispr, ferramenta que consegue editar o DNA


Dupla que descobriu a ferramenta foi premiada nesta quarta-feira (7). Pesquisadoras que estudam edição do genoma levam Nobel de Química
O Prêmio Nobel de Química 2020, anunciado nesta quarta-feira (7), premiou as duas cientistas que desenvolveram o Crispr, uma ferramenta que consegue editar o DNA, o código genético de seres vivos.
Nesta reportagem, você vai entender o que é o Crispr, para que ele serve, para que já foi usado e quais são as polêmicas em torno da sua aplicação. Veja abaixo:
O que é o Crispr? Para que ele serve?
O Crispr/Cas9 é uma espécie de “tesoura genética”, que permite à ciência mudar parte do código genético de uma célula. Com essa “tesoura”, é possível, por exemplo, “cortar” uma parte específica do DNA, fazendo com que a célula produza ou não determinadas proteínas.
A pesquisa com a descoberta da ferramenta foi publicada na revista científica “Science”, uma das mais importantes do mundo, em junho de 2012.
Entenda o que é o Crispr
Usando o Crispr, cientistas podem alterar o DNA de animais, plantas e microrganismos com extrema precisão. A tecnologia “teve um impacto revolucionário nas ciências da vida”, segundo o comitê do Prêmio Nobel, e está contribuindo para novas terapias contra o câncer. A ferramenta também pode tornar realidade o sonho de curar doenças hereditárias (veja infográfico).
Entenda o Crispr
Betta Jaworski/G1
Para que ele é usado hoje?
Como o Crispr é bastante fácil de usar, ele foi amplamente difundido na pesquisa básica. Ele é usado para alterar o DNA de células e de animais de laboratório, com o objetivo de compreender como diferentes genes funcionam e interagem, por exemplo, durante o curso de uma doença.
10 avanços e 1 promessa da técnica Crispr de edição do DNA
“A gente consegue derivar linhagens [de células] de pacientes com diferentes doenças genéticas no laboratório e, a partir do sangue, conseguimos fazer células musculares, neurônios, células pulmonares, qualquer tipo. Com essa tecnologia, a gente tenta corrigir o defeito genético para resgatar o quadro clínico [do paciente]. Ou pode criar mutações e ver o que acontece”, explica a geneticista Mayana Zatz, que lidera o Projeto Genoma da USP.
No laboratório, os cientistas também estão editando genes de porcos para desenvolver órgãos que possam ser transplantados em humanos sem que haja rejeição, segundo Zatz.
Além dos usos em humanos, pesquisadores também conseguiram desenvolver plantas capazes de resistir a mofo, pragas e seca, por exemplo, além de criar cães extramusculosos, porcos que não contraem viroses e amendoins antialérgicos.
“Há um poder enorme nessa ferramenta genética, que afeta a todos nós. Não só revolucionou a ciência básica, mas também resultou em colheitas inovadoras e levará a novos tratamentos médicos inovadores ”, disse Claes Gustafsson, presidente do comitê do Prêmio Nobel de Química.
Quais são os problemas em torno do uso?
Uma das polêmicas com a ferramenta é que o Crispr pode “cortar” a parte errada do genoma, ou fazer mudanças que não eram as pretendidas. Por isso, ela não pode ser usada em embriões humanos que vão ser implantados em tratamentos de reprodução assistida, por exemplo.
“Não há controle se, ao editar o gene que causa a doença genética, não se está criando mutações, ao acaso, em outros genes, e que não podem ser controladas”, explica Mayana Zatz.
Em novembro de 2018, um pesquisador chinês usou o Crispr para fazer uma edição genética em embriões humanos de modo torná-los, supostamente, imunes ao HIV. Os embriões foram implantados e deram origem a gêmeas.
O experimento foi rechaçado pela comunidade científica internacional, o cientista foi demitido da universidade e, no fim de 2019, condenado a três anos de prisão.
Em fevereiro do mesmo ano, um estudo publicado por um cientista do MIT indicou que a alteração provavelmente teria impacto na função cognitiva das bebês. Na época, o pesquisador disse que a edição de DNA em humanos não deveria ser feita justamente porque os efeitos dela eram impossíveis de prever.
Zatz defende que pesquisas sejam realizadas em embriões com a técnica, mas apenas nos que não serão implantados em reprodução assistida.
“Se conseguirmos corrigir mutações em embriões para doenças genéticas, isso vai ser um avanço. Mas não tem nenhuma seguranca para fazer em embriões que vão ser implantados”, afirma.
Nobel 2020
A láurea em Medicina foi a primeira a ser anunciada, na segunda (5), para a descoberta do vírus da hepatite C. O prêmio em Física, divulgado na terça (6), foi para pesquisas sobre buracos negros (veja vídeo abaixo).
Mulheres somam apenas 5% dos vencedores do Prêmio Nobel desde 1901
Conheça os vencedores do Prêmio Nobel 2020
Os prêmios em Literatura e Paz serão entregues também nesta semana; já a láurea em Economia será divulgada na próxima segunda (12). Veja o cronograma:
Medicina: segunda-feira, 5 de outubro
Física: terça-feira, 6 de outubro
Química: quarta-feira, 7 de outubro
Literatura: quinta-feira, 8 de outubro
Paz: sexta-feira, 9 de outubro
Economia: segunda-feira, 12 de outubro
Veja VÍDEOS dos anúncios do Prêmio Nobel em 2020:
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