Países pobres terão 1,3 bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 no primeiro semestre de 2021, diz Covax
Doses fazem parte das 2 bilhões que a iniciativa, liderada pela OMS para garantir uma distribuição equitativa de vacinas contra a doença, pretende distribuir no ano que vem. Brasil não está entre os mais pobres, mas integra a aliança. Frasco da vacina da Pfizer que recebeu autorização de uso de emergência, no George Washington University Hospital
Jacquelyn Martin/Pool via Reuters
A aliança Covax, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) para garantir o acesso equitativo a uma futura vacina da Covid-19, anunciou nesta sexta-feira (18) que 92 países pobres deverão ter acesso a 1,3 bilhão de doses de uma vacina contra a Covid-19 no primeiro semestre de 2021. As primeiras entregas deverão ocorrer no primeiro trimestre do ano.
As doses fazem parte das cerca de 2 bilhões que a Covax pretende distribuir no ano que vem, para todos os 190 países participantes da iniciativa. O Brasil é um dos que integram a aliança, mas não está na lista dos países mais pobres.
Segundo a Covax, as doses garantidas a países pobres serão para vacinar, primeiro, grupos vulneráveis. A meta é chegar a 20% da população de cada país imunizada até o fim do ano que vem. Doses adicionais devem ser entregues a partir de 2022.
As negociações anunciadas incluem as seguintes quantidades:
Vacinas previstas na Covax
A Covax também terá o primeiro direito de recusa em 2021. Com isso, poderá acessar mais de um bilhão de doses que serão produzidas por candidatos do portfólio de pesquisa e desenvolvimento da aliança. O número é calculado com base nas estimativas atuais dos processos de fabricação, e ainda está sujeito ao sucesso das vacinas e à aprovação regulatória.
Até agora, a Covax já reuniu US$ 2,4 bilhões em doações (cerca de R$ 12,2 bilhões).