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Pé na estrada e budismo no coração

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Pé na estrada e budismo no coração


Aos 63 anos, a jornalista Nadja Sampaio planeja ir ao Alasca em seu motorhome Próxima parada: Alasca, rodando pelas estradas em seu motorhome. Enquanto a pandemia não dá trégua, Nadja Sampaio organiza o roteiro da nova viagem, cujo itinerário é tão desafiador que terá duas etapas. Na primeira, vai despachar o veículo de navio para o Panamá. Como a travessia do carro por mar deve durar um mês, ela aproveitará esse tempo para conhecer alguns dos países situados em ilhas do Caribe: Cuba, Jamaica, Haiti, República Dominicana e Barbados. Quando seu meio de transporte chegar, subirá a América Central até os Estados Unidos. Estima que alcançará Boston em setembro, cerca de quatro meses depois do início da jornada. Para não enfrentar o inverno rigoroso do Hemisfério Norte, deixará o motorhome aos cuidados de uma amiga que mora lá e voltará para o Brasil. A segunda parte será retomada em abril, quando seguirá pelo Canadá até o destino final.
Nadja Sampaio ao lado do marco de Jujuy, na Argentina
Acervo pessoal
Nadja não é uma jovem temerária na casa dos 20 anos. Tampouco essa é sua primeira expedição. Jornalista aposentada, tem 63 anos, três filhas adultas, dois netos e acabou de lançar, por conta própria, um livro sobre as últimas viagens. Em 2016, percorreu quatro países da América do Sul: Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. Foram mais de três meses e 22 mil quilômetros rodados. Por insistência das filhas, que queriam ter notícias suas regularmente, criou uma página no Facebook, recheada de fotos, que ia alimentando como um diário. Em 2017, o roteiro incluiu Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile. Antes já havia se aventurado pela Patagônia e Europa, quando atravessou os Pirineus num veículo alugado. Os primeiros quilômetros de vida no asfalto foram a bordo de uma Kombi Safári, que comprou no fim de 2001.
Num “restaurante” à beira da estrada, na Cordilheira dos Andes, no Chile
Acervo pessoal
“Na estrada não existe rotina, não há zona de conforto. Todo dia é um quintal novo para desbravar. Tem que checar a parte elétrica, dispensar a água suja, enfrentar condições adversas de trânsito. O cérebro busca soluções para os problemas o tempo todo!”, conta. O livro se chama “Kosen-Rufu nas estradas: diário de viagens” porque Nadja é seguidora do budismo de Nichiren Daishonin. Kosen-Rufu significa paz mundial, a missão de, através do budismo, tornar as pessoas mais felizes e humanistas. No regresso de uma das aventuras, ela recebeu uma orientação do mestre Daisaku Ikeda, que pedia que os discípulos respondessem à pergunta: o que você estará fazendo em 2030? “Minha resposta: viajar de motorhome pelo mundo, semear o Kosen-Rufu e visitar todos os kaikans, que são pontos de encontro de budistas. Só não sabia que eram 192!”, diverte-se com uma gostosa gargalhada, uma de suas marcas registradas.
Vista da cidade de Purmamarca, na Argentina, da janela do motorhome
Acervo pessoal
Os companheiros de jornada variam: já passaram pelo motorhome, que abriga até cinco pessoas, amigos, a filha caçula e a irmã. O aniversário de 60 anos foi na estrada: “estou aprendendo todo dia, não apenas sobre diferentes civilizações, mas também sobre empatia e benevolência com o outro. E vou me permitindo errar – aliás, volta e meia erro o itinerário”, relata. Nadja não reclama das horas ao volante. Faz alongamento e garante que nunca fica doente. “Sempre acredito que conseguirei dar um jeito, que haverá uma saída, e acaba dando certo. O budismo ensina que a gente deve se levantar só, por conta própria. A energia está dentro de nós”, ensina.

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