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Petrobras dispara mais de 10%. Ainda vale a pena comprar a ação?

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Petrobras dispara mais de 10%. Ainda vale a pena comprar a ação?

As ações da Petrobras (PETR3/PETR4) chegaram a disparar mais de 11% nesta quinta-feira, 5, com investidores repercutindo o resultado do segundo trimestre da companhia. Na bolsa, as ações ordinárias da companhia já são negociadas a quase 30 reais, enquanto as preferenciais, a 29 reais. 

No período, a estatal teve lucro líquido de 42,86 bilhões de reais ante o consenso da Bloomberg de 29,41 bilhões de reais. A empresa ainda superou as estimativas em ebitda, que ficou em 61 bilhões de reais, e em suas vendas de 110,71 bilhões de reais. A empresa também anunciou dividendos de 31,6 bilhões de reais, que serão pagos em duas parcelas. 

 “A surpresa foi a parte de refino, que geralmente penaliza o resultado, veio melhor neste trimestre”, avalia Bruno Lima, analista-chefe de ações do BTG Pactual Digital. O analista ainda cita a alta do petróleo e os ganhos de margem, com custos de exploração favoráveis, para o bom resultado da companhia.

Após o resultado, as ações da Petrobras estão sendo reavaliadas pelo mercado. O Credit Suisse mudou a recomendação para os papéis de neutro para compra, com preço-alvo das ADRs da companhia em 14 dólares, implicando em um potencial de alta (upside) de 36% em relação ao último fechamento. Esse também é o preço-alvo estabelecido por analistas do BTG Pactual. 

Em relatório, analistas do banco chegaram a se referir ao dividendo apresentado como o “brilho do poder de geração de caixa” da companhia. “Com base nos resultados do primeiro semestre e em nossas expectativas, o dividendo anunciado é equivalente a 41% do lucro esperado para 2021, que está acima do pagamento mínimo exigido”, afirma o relatório assinado pelos analistas Tiago Duarte, Pedro Soares e Daniel Guardiola.

Os analistas do BTG ainda esperam que os resultados operacionais permaneçam fortes nos próximos trimestres,  “a menos que o foco na produção no pré-sal e o cenário para o petróleo brent mudem”. No entanto, eles preferiram manter a recomendação neutra, tendo em vista possíveis ruídos políticos.

“Esses resultados e dividendos atestam mais o que a Petrobras tem feito desde 2016 do que o que pode fazer daqui para frente. A ação parece inegavelmente barata, mas o ruído envolvendo a interferência no preço do combustível, bem como a extensão do prazo de venda das refinarias, ainda nos deixa céticos.” 

Outra casa que tem recomendação neutra para os papéis é a Ativa, com preço-alvo de 31,50 para as ações preferenciais da empresa. Ou seja, com a alta de hoje, o potencial de ganho, segundo a corretora, seria de menos de 10%. A Mirae, mesmo com recomendação de compra, tem preço-alvo apenas um pouco acima, de 31,98 reais.

“O resultado superou as expectativas, mas foi influenciado por ganhos não recorrentes. Seguimos otimistas com a empresa e esperamos que o novo CEO da Petrobras [Joaquim Silva e Luna] mantenha a política de paridade de preços internacionais que vinham sendo praticadas e o programa de desinvestimentos”, afirma Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, em relatório. 

No mercado, porém, há quem veja um upside maior para as ações. Em levantamento da Refinitiv com onze recomendações, a mediana do preço-alvo para as ações preferenciais foi de 34 reais, implicando em potencial de alta de pouco mais de 15%, considerando o patamar atual de 29 reais por ação preferencial.