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Suicídio: Veja mitos sobre o assunto e entenda a necessidade de debater o tema

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Suicídio: Veja mitos sobre o assunto e entenda a necessidade de debater o tema


Psicóloga Karina Fukumitsu desmistificou afirmações sobre suicídio para o Segue o Fio. Tão importante quanto falar sobre o assunto é a maneira como ele é abordado. O suicídio, tema da campanha Setembro Amarelo de 2021, foi rodeado de tabus por muitos anos e não foi discutido de forma ampla. Em consequência disso, os casos aumentaram e há, atualmente, a necessidade da realização do debate.
O Segue o Fio conversou com a psicóloga Karina Okajima Fukumitsu, especialista no tema, para desmistificar algumas afirmações que se perpetuaram com o tempo. Segundo Fukumitsu, tão importante quanto falar sobre o assunto é a maneira que ele é abordado. (Veja o vídeo completo acima)
“A importância de se falar sobre suicídio é dar visibilidade para uma necessidade da gente, realmente apoiar a valorização da vida (…) O problema não é falar, mas o ‘como’ se fala. Quanto mais a gente fala de um jeito cuidadoso, respeitoso, sem sensacionalismo, sem buscar culpabilizações, sem mostrar um método letal, sem colocar julgamentos, é importante”, afirmou a psicóloga.
“Cada vez mais estão aumentando os casos de suicídio e autolesão. Quando a gente dá visibilidade para esse assunto, a gente tem, a partir da informação, uma possibilidade de ampliar o que a gente chama de prevenção do suicídio”, completou.
Veja afirmações falsas sobre o suicídio e suas explicações:
Quem diz que vai se matar, não se mata
Karina Fukumitsu: “Isso é um mito. Porque, na verdade, quem fala que quer se matar está trazendo um sinal de alerta verbal direto. A gente não pode colocar em dúvida esse tipo de situação que a pessoa traz ‘eu quero me matar’. A gente vai precisar de uma atenção, carinho e acolhimento para essa pessoa que está indicando um intenso sofrimento existencial”.
Não se pode falar em suicídio com uma pessoa que está em depressão
Karina Fukumitsu: “Isso é mentira. Uma das formas de trabalho e intervenção é perguntar Ó que supostamente a sua morte resolveria?’. Até porque, eu acredito na ideia que o suicídio é uma manifestação de um ato comunicação de uma dor sentida e não consentida. O problema não é falar, mas você não dar a possibilidade de ser ouvida ou vista no sentimento dela. A gente vai caminhando nessa travessia com essa pessoa para entender onde dói, machuca e está sangrando. A gente tem que falar para oferecer esse acolhimento e escuta”.
Quando a pessoa vai se matar, ela vai se matar para sempre
“Não. Desde que haja ressignificação de percepções (…) Se ela tentou, é sinal de que ela já tem uma das características do comportamento suicida apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é o túnel vision. É o pensamento enrijecido, ela percebe a morte como única solução dos problemas dela. Se a pessoa não aceitar tratamento – como psicoterapia, medicação e resgate de uma fé existencial – a gente pode esperar outra tentativa de suicídio. Por isso, a gente tem que trabalhar”
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Setembro Amarelo
Setembro Amarelo, logomarca do CVV para a campanha
Reprodução
O Setembro Amarelo é a campanha que marca o mês dedicado à prevenção ao suicídio. No Brasil, ela é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina.
No Brasil, todos os dias cerca de 32 pessoas dão fim a própria vida. O número corresponde a uma morte a cada 45 minutos.
Um estudo feito pelo CVV apontou que, para cada suicídio, um grupo de até 20 pessoas é impactado diretamente.

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