Futuros secretários de Paes terão que entregar cópias do Imposto de Renda e responder a questionário
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A “investigação” deve se estender a parentes próximos dos escolhidos O deputado federal Marcelo Calero (Cidadania) vai deixar o Congresso para assumir uma missão das mais difíceis no Rio. Como novo secretário municipal de Governo e Integridade Pública, ele pretende implantar uma “cultura de compliance” na prefeitura. O objetivo é evitar outra “experiência ruim”, expressão que o prefeito eleito Eduardo Paes tem usado para se referir ao secretário de Obras do seu primeiro governo, Alexandre Pinto, condenado a 23 anos de prisão por fraudes na construção do BRT Transcarioca.
Calero promete começar o seu trabalho no alto escalão antes mesmo da posse. Os futuros secretários vão ter que entregar cópias das últimas três declarações de Imposto de Renda e responder a um questionário para a averiguação de possíveis conflitos de interesse. A “investigação” deve se estender a parentes próximos dos escolhidos.
Ruy Baron/Valor
A preocupação de Calero é levantar a possível ligação de familiares com empresas que prestam serviço ao município. Ele estuda ainda medidas para monitorar a evolução patrimonial de outros servidores, mas frisa que não comandará um “tribunal de inquisição” na prefeitura: “Queria deixar muito claro que não é só caráter punitivo e persecutório, mas queremos criar cultura de integridade”.
Isolado em casa porque apresentou sintomas da covid-19, Calero não foi na sexta-feira à sede da Firjan, no Centro, onde a equipe de transição está se reunindo. Ele trabalha na elaboração do Programa Carioca de Integridade Pública numa sala no segundo andar. “A grande questão é olhar a renda e o patrimônio para além da questão documental. É fácil só olhar o IR. Agora, quais são os bens de que ele usufrui? Tem algum possível conflito de interesse com atividade que vai desenvolver na prefeitura? Vamos atrás dessas informações adicionais”, diz. D
Calero já foi secretário de Cultura de Paes, mas ficou conhecido quando, ao deixar o Ministério da Cultura de Michel Temer, acusou Geddel Vieira, um dos ministros mais próximos do então presidente, de ter lhe pressionado a fim de emitir “parecer técnico favorável aos seus interesses particulares”. Posteriormente, Geddel foi condenado por corrupção.
No programa de Calero, estão previstos a criação do Estatuto da Integridade, um pacote de medidas a ser enviado para a Câmara Municipal e o fortalecimento da Controladoria-Geral do Município. Outros objetivos são formar Comissão de Integridade, implementar uma ouvidoria e incentivar a figura do “informante do bem”, para valorizar o servidor que denunciar atos de corrupção internos.
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