Resultado da Coronavac é positivo, apontam especialistas
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O fato de o número ficar próximo do limiar de 50% não é um problema, segundo eles Especialistas receberam bem a informação sobre a eficácia global da Coronavac, de 50,38%, destacando que o imunizante será fundamental no combate à pandemia. O fato de o número ficar próximo do limiar de 50% não é um problema, segundo eles. Houve alguns reparos, porém, à forma de comunicação dos dados ao longo das últimas semanas.
Fundador e presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) entre 1999 e 2003, o médico sanitarista Gonzalo Vecina definiu a Coronavac como “extremamente segura” e diz que a vacina deve continuar no centro da estratégia nacional de enfrentamento à pandemia, entre outros fatores, devido à facilidade de produção interna.
“Sou da opinião totalmente fechada de que esse número menor [do percentual de eficácia] não é um problema. O Brasil precisa de uma vacina e é essa a vacina que nós temos, com 10 milhões de doses já garantidas e uma proposta de até 140 milhões de doses a serem produzidas ainda este ano. Temos de ir em frente.”
Ele lembra que a eficácia de 50,38% é bem superior a de uma série de vacinas como as distribuídas todos os anos contra a gripe, com taxas de eficácia que costumam variar de 40% a 60%, chegando a 35% em alguns anos. “O fato é que a Coronavac é capaz de reduzir o número de casos graves e com certeza vai nos ajudar a alcançar a imunidade coletiva.”
Vecina diz ser válido o argumento dos técnicos do Butantan de que o teste aumentou o “nível de estresse” para a vacina ao envolver profissionais de saúde. “Para comprovar melhor a eficiência da vacina, se busca grupos com risco maior de contrair a doença e isso foi feito. É por essa razão, também, que o testes já não acontecem em países com poucos casos hoje, como a própria China.”
Dado preliminar
Ao analisar as informações que embasam a Coronavac, a Anvisa deverá reconhecer que o padrão mínimo de eficácia exigido pelos mecanismos internacionais de saúde e regulação foi atingido pela vacina, disse Eduardo Jorge Valadares, professor da Universidade Estadual da Paraíba. Doutor em Engenharia Biomédica pela Unicamp e professor visitante na Universidade da Califórnia, ele observa que a eficácia “pode aumentar com o tempo, conforme as informações forem coletadas”, observando que qualquer dado de eficiência, de qualquer vacina, agora, é preliminar. Mas está demonstrado que ela [a imunização do Butantan] é segura.” O professor disse ainda que não se pode comparar a eficácia de vacinas testadas em ambientes e com populações tão diferentes.
Anvisa
O ruído provocado pela divulgação das taxas de eficácia da Coronavac não tem força para impactar a aprovação pela Anvisa, afirmou a pesquisadora Elize Massard da Fonseca, professora da Fundação Getulio Vargas. Mas, segundo ela, vai requerer que o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, aprimore a forma de reportar os dados da pesquisa sobre a vacina, de forma principalmente a se distanciar das disputas políticas que envolvem a permissão para o uso emergencial ou o registro no país. “Essa estratégia é fundamental para a adesão da população ao Plano Nacional de Imunizações.”
O dado divulgado hoje, de 50,38% de eficácia, consta das informações enviadas à Anvisa no pedido de registro emergencial da vacina. Se tivesse sido antecipado, não causaria “todo esse alvoroço”, opinou Elize.
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