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Juros futuros fecham em leve queda com agenda econômica no foco

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Juros futuros fecham em leve queda com agenda econômica no foco

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Mercado de juros pôs na balança a expectativa pelo avanço das reformas e a trajetória da divida Enquanto as atenções dos agentes financeiros se mantiveram voltadas a Brasília, o mercado de juros colocou na balança a expectativa pelo avanço da agenda de reformas estruturais e a desconfiança em relação à trajetória da dívida pública. Assim, as taxas futuras oscilaram entre margens estreitas nesta quarta-feira e encerraram o pregão regular com viés de queda, em um dia marcado pela baixa liquidez.
No fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 se mantinha inalterada em 3,33%; a do DI para janeiro de 2023 caía de 4,81% para 4,79%; a do contrato para janeiro de 2025 recuava de 6,22% para 6,21%; e a do DI para janeiro de 2027 passava de 6,89% para 6,88%.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se reuniram durante a manhã com o presidente Jair Bolsonaro, onde foram acertadas as prioridades da agenda. A pauta apresentada pelo governo é extensa e envolve mais de 30 projetos e, de acordo com Bolsonaro, ela é voltada à pandemia, à economia e reformas de Estado. Vale apontar, ainda, que tanto Lira quanto Pacheco reafirmaram o compromisso com medidas de responsabilidade fiscal antes de se reunirem com Bolsonaro.
Na avaliação dos analistas David Beker e Ana Madeira, do Bank of America (BofA), a Câmara deve priorizar a aprovação do Orçamento de 2021 no curto prazo. Eles lembram que “um eventual aumento da ajuda emergencial em meio à segunda onda de casos de covid provavelmente será decidido também como parte da aprovação do Orçamento”. Lira já apontou que é possível aprovar o projeto ainda em fevereiro, enquanto Pacheco acredita em uma aprovação em março.
Após o Orçamento, o BofA diz ver uma pequena janela de oportunidade para aprovação de medidas impopulares. “O ciclo político terá início no terceiro trimestre para as eleições presidenciais de 2022, o que reduzirá o prazo para aprovação de medidas impopulares. Portanto será fundamental a aprovação de medidas fiscais no primeiro semestre de 2021”, escrevem Beker e Madeira.
Além das questões fiscais, a parte curta da curva de juros exibiu queda mais pronunciada do que outros trechos, que continuaram perto dos ajustes, tendo em vista a desconfiança dos agentes quanto a uma retomada firme da economia. Divulgado nesta manhã, o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços voltou ao território de contração da atividade, ao cair de 51,1 pontos em dezembro para 47,0 em janeiro, de acordo com a IHS Markit.
Na avaliação da Gauss Capital, porém, o crescimento econômico continua com assimetria para cima, “e grande parte disso é um função da vacinação”, diz o economista-chefe da gestora, Guilherme Attuy. “A velocidade de vacinação e o nível de doses administradas por dia está muito abaixo do que pode chegar. O desenrolar da dinâmica de vacinação é imprevisível, mas pode acontecer de termos um fluxo maior e antes do que o mercado imagina”, afirma. A Gauss projeta o IPCA em 3,7% no fim do ano e acredita que a Selic encerrará 2021 em 4%, com início do ciclo de normalização em maio.

Gerd Altmann/Pixabay

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