Autonomia do BC não significa liberdade total, pondera Campos Neto
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Ele reforçou que a estabilidade de preços continuará sendo o objetivo fundamental do BC O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a autonomia do BC, sancionada hoje pelo presidente Jair Bolsonaro, não significa liberdade total, mas um equilíbrio de forças. Ele reforçou que a estabilidade de preços continuará sendo o objetivo fundamental do BC.
Em discurso no Palácio do Planalto, Campos frisou que a literatura econômica e a experiência internacional mostram que a autonomia dos bancos centrais está associada a uma inflação mais baixa e menos volátil, sem prejuízos ao crescimento econômico. “Ao conferir maior credibilidade ao BC, a autonomia permitirá que os juros estruturais sejam menores, os riscos diminuam e a política monetária tenha mais estabilidade”, disse.
“É importante ressaltar que situações de inflação elevada são especialmente custosas para as pessoas de renda mais baixa, com menor acesso a instrumentos que as protejam da inflação ou menor educação financeira. O sistema de metas de inflação, com atuação autônoma do BC garantida em lei, é essencial para garantir que esses cidadãos estejam protegidos dos malefícios de uma inflação alta”, destacou Campos Neto.
Ele reforçou que as evidências também indicam que a maior autonomia do banco central contribui para a estabilidade do sistema financeiro. No Brasil, a aprovação de um marco legal que garanta a autonomia operacional do BC proporcionará maior confiança de que a instituição será capaz de cumprir seus objetivos.
O presidente do BC frisou que o Brasil hoje dá um importante passo com a sanção, pelo presidente Jair Bolsonaro, da lei que garante autonomia ao seu banco central. “Essa lei representa um marco no desenvolvimento institucional de nosso país”, disse.
Ele lembrou ainda do tempo em que seu avô, Roberto Campos, ministro do Planejamento do governo Castelo Branco e um dos principais responsáveis pela criação do BC, foi um grande defensor da autonomia da instituição e que previa mandato para os presidente e diretores do BC superior ao mandato do presidente da República. Mas essa autonomia durou apenas de 1964 a 1967.
“Seriam, então, necessários mais de 50 anos para que houvesse uma confluência de forças que restabelecesse a autonomia do BC Em virtude de seu esforço para a construção dessa confluência de forças”, destacou, agradecendo ao presidente Bolsonaro e ministro da Economia, Paulo Guedes, pelo avanço institucional, além dos presidentes da Câmara e do Senado.
Segundo ele, o avanço é “resultado de um longo processo de amadurecimento institucional, que contou com o trabalho dos dirigentes do BC que me antecederam, e dos servidores da instituição, para os quais também expresso meus agradecimentos”.
Campos Neto
Pablo Jacob/Agência O Globo
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