Vacinação no Rio reduz em 30% internações de pacientes acima de 90 anos
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Mesmo aos percalços para avançar no cronograma de vacinação, a cidade pode ser assim o mais novo exemplo de que a imunização da população é estratégia eficaz no enfrentamento da covid-19 Perto de se completarem dois meses desde o início da campanha no Estado e na capital fluminense, em 18 de janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio aponta que internações de pessoas com mais de 90 anos acometidas pela doença na rede pública de hospitais caíram 30% de janeiro para fevereiro. Mesmo aos percalços para avançar no cronograma de vacinação, a cidade pode ser assim o mais novo exemplo de que a imunização da população, ainda que aliada a medidas frágeis de distanciamento social, é estratégia eficaz no enfrentamento da covid-19.
Mas a melhora nos indicadores da pandemia também vem acompanhada de frustrações. Na quinta-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), anunciou a interrupção, por insuficiência de doses, da etapa de vacinação prevista para sexta e sábado, quando seria dada a largada na imunização do público de 75 anos.
“O problema é pior do que contarmos com poucas vacinas, pois não há previsibilidade. A gente tem uma previsibilidade dos produtores, Instituto Butantan e Fiocruz. Mas o Ministério da Saúde precisa apresentar o cronograma de maneira organizada para que todo mundo possa se programar”, afirma o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Segundo ele, o município do Rio montou calendário baseado no planejamento apresentado pelo governo federal e foi obrigado a rever, pois recebeu menos doses que o projetado. “Tivemos que remontar o cronograma da cidade.
”Em reunião com os governadores do Nordeste no sábado, o ministro Eduardo Pazuello apresentou cronograma de entrega de vacinas fabricadas pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz até julho, segundo o G1. Em nota, contudo, o Ministério da Saúde informou que o planejamento e a previsão de entrega dos imunizantes podem sofrer alterações.
Nesse momento, o Rio administra a Coronavac, fabricada em parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica Sinovac, nos acamados acima de 75 anos, nas pessoas com 76 anos ou mais, além da segunda dose em quem recebeu a primeira — mediante liberação pelo governo estadual. Já suprimentos da AstraZeneca — produzida em cooperação que envolve o laboratório, a Universidade de Oxford e a Fundação Oswaldo Cruz — zeraram.
Soranz não é favorável à estocagem e entende que, quanto maior a cobertura vacinal, mais rapidamente a pandemia será vencida. “A gente prefere estar no limite da falta de doses, mas garantir que sejam aplicadas no menor tempo possível.”
A cidade do Rio está sob medidas parciais de restrição prorrogadas até o dia 22. Novo decreto do prefeito Eduardo Paes escalonou o funcionamento dos serviços, de comércio e repartições, mas ampliou o horário permitido a bares e restaurantes.
Na sexta-feira, porém, duas boas notícias recarregaram as baterias de quem defende vacinas. A primeira é que a AstraZeneca, antes com autorização para uso emergencial, recebeu registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O primeiro definitivo a agência havia concedido em 23 de fevereiro ao imunizante da Pfizer, ainda não distribuído no país.
A segunda boa novidade é que a Fiocruz receberá da AstraZeneca o dobro do número de lotes de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) previstos para março. Segundo a entidade, haverá insumo suficiente para em torno de 30 milhões de doses. Com isso, a produção estará garantida até o fim de maio. Registrada, a AstraZeneca pode ser usada em todos os grupos populacionais, tanto em doses prontas que virão do exterior, quanto produzidas no Brasil.
Segundo Soranz, se o Ministério da Saúde cumprir o calendário, o Rio conseguirá vacinar todos com 67 anos ou mais em março, mesmo com a interrupção de quinta-feira. “Com maior previsibilidade de entregas da vacina do Butantan, poderíamos avaliar a aplicação simultânea da primeira e segunda dose, sem precisar reter para o Brasil todo”, diz ele, sobre recomendações de Brasília.
Para Soranz, o Butantan garantiu o início da vacinação, mas é preciso ampliar entregas e opções de vacinas. Questionada, a pasta federal diz que, para garantir a eficácia da campanha de vacinação, mantém orientação para que municípios reservem vacinas do Butantan para a segunda aplicação: “A decisão leva em conta mudanças no cronograma de entrega das doses por parte do fornecedor das vacinas, e foi tomada em acordo com os Conselhos Nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems)”.
Já a pasta da Saúde de São Paulo afirma que “a destinação de mais vacinas pelo Ministério da Saúde a SP é crucial para continuidade da campanha e expansão dos públicos-alvos”. A secretaria diz que “toda estratégia de distribuição das grades e inclusão de novos públicos segue os critérios técnicos definidos pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações) e à medida que o Ministério viabiliza novos quantitativos”.
O governo paulista liberou hoje de mais 3,3 milhões de doses ao PNI. Com isso, o total enviado pelo Butantan chegará 20,6 milhões de vacinas desde 17 de janeiro.
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