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Pensão Alimentícia Durante Investigação de Paternidade: Seus Direitos e Obrigações

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Pensão Alimentícia Durante Investigação de Paternidade: Seus Direitos e Obrigações

A pensão alimentícia é um tema recorrente no direito de família, especialmente em situações em que a paternidade está sendo investigada. Uma dúvida comum é: “Sou obrigado a pagar pensão alimentícia durante uma investigação de paternidade? E se eu não for o pai, posso pedir o dinheiro de volta?”. Neste artigo, vamos esclarecer os principais pontos sobre este assunto, explorando os direitos e obrigações envolvidos.

Investigação de Paternidade e Pensão Alimentícia

A investigação de paternidade pode ser iniciada tanto durante a gestação quanto após o nascimento da criança. Em ambos os casos, é possível que, junto com o pedido de reconhecimento da paternidade, seja solicitado também o pagamento de pensão alimentícia. Isso ocorre porque, mesmo sem a confirmação definitiva da paternidade, a criança (ou o bebê em gestação) já tem necessidades básicas que precisam ser atendidas.

A legislação brasileira entende que não seria justo esperar até o final de um processo judicial, que pode ser demorado, para garantir o sustento de uma criança. Afinal, “quem tem fome tem pressa”. Assim, a justiça costuma se basear em indícios suficientes de que o suposto pai pode ser o genitor para deferir o pagamento de pensão alimentícia durante o andamento do processo.

Indícios e Provas no Processo de Paternidade

No contexto de uma ação de investigação de paternidade, a mãe da criança pode apresentar uma série de provas que sustentem a alegação de que o réu é o pai. Entre as provas mais comuns estão:

  • Mensagens trocadas entre o casal;
  • Testemunhos de pessoas próximas;
  • Fotos e registros de convivência;
  • Datas de encontros coincidentes com o período de gestação.

Esses indícios são fundamentais, especialmente nos casos em que o exame de DNA não pode ser realizado de imediato, como quando o bebê ainda está em gestação. Em situações como essa, a realização do exame pode ser considerada invasiva, colocando a saúde do feto em risco. Dessa forma, o juiz pode se basear nessas provas circunstanciais para determinar o pagamento provisório da pensão.

O Que Acontece se o Réu Não Pagar a Pensão?

Uma vez que o juiz defere o pedido de pensão alimentícia, o réu está obrigado a realizar o pagamento. Caso contrário, poderá enfrentar as consequências legais da inadimplência, que incluem:

  • Execução judicial da dívida;
  • Penalidades financeiras, como multas;
  • Prisão civil do devedor de alimentos, em casos mais graves.

Portanto, é imprescindível que o suposto pai cumpra a decisão judicial até que a investigação de paternidade seja concluída.

E Se o Réu Não For o Pai?

Se, ao final do processo de investigação, o exame de DNA comprovar que o réu não é o pai da criança, surge a questão: ele pode pedir a devolução dos valores pagos a título de pensão alimentícia?

Aqui entra o conceito da irrepetibilidade dos alimentos, ou seja, os valores pagos como pensão não podem ser devolvidos. Isso ocorre porque a pensão foi destinada ao sustento da criança, que, independentemente de quem seja o pai, não pode ser prejudicada.

Contudo, há exceções a essa regra. Se for comprovado que a mãe agiu de má-fé, ou seja, se ela sabia que o réu não era o pai e, mesmo assim, entrou com a ação de investigação de paternidade e pensão alimentícia, o réu poderá processá-la. Neste caso, ele poderá pleitear:

  • Indenização por danos morais;
  • Restituição dos valores pagos indevidamente, a título de danos materiais.

Esses processos, no entanto, não envolvem a criança, mas sim a mãe que, ao agir de forma dolosa, causou prejuízos ao suposto pai.

Conclusão

O pagamento de pensão alimentícia durante uma investigação de paternidade é uma medida cautelar e visa proteger o bem-estar da criança enquanto o processo está em andamento. Ainda que a paternidade não seja confirmada, a devolução dos valores só é possível em casos específicos de má-fé por parte da mãe.

Se você está passando por uma situação semelhante, é fundamental estar atento aos seus direitos e obrigações. O acompanhamento de um advogado especializado em direito de família é essencial para garantir que todos os procedimentos sejam seguidos corretamente e que você tenha a melhor orientação possível durante todo o processo.

 

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