Araújo põe eleição americana em dúvida e chama invasores do Capitólio de “cidadãos de bem”
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Ministro das Relações Exteriores comentou a invasão do Congresso dos EUA pelo Twitter O chanceler Ernesto Araújo disse nesta quinta-feira que grande parte do povo americano “se sente agredida e traída por sua classe política e desconfia do processo eleitoral” que levou à vitória do democrata Joe Biden, nas eleições presidenciais de novembro. Ele chamou os manifestantes que invadiram a sede do Congresso dos Estados Unidos “cidadãos de bem”, embora tenha dito que “nada justifica uma invasão como a ocorrida ontem”.
Araújo usou seu perfil no Twitter para comentar o tumulto promovido por apoiadores de Donald Trump, aliado do presidente Jair Bolsonaro. Incentivados pelo presidente americano, que se nega a reconhecer a derrota eleitoral, eles tentaram impedir e conseguiram paralisar por horas a sessão parlamentar que por fim certificou a vitória de Biden. Quatro pessoas morreram.
Os invasores faziam coro às alegações de Trump de que as eleições americanas foram fraudadas. O republicano não apresenta provas ou indícios da fraude.
Ernesto Araújo; ministro das Relações Exteriores
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Biden, que assume a Presidência dos EUA no próximo dia 20, classificou o episódio de quarta-feira como um ataque sem precedente à democracia americana, que “beira a sedição”. Autoridades do todo o mundo também repudiaram a invasão do Capitólio.
Araújo, por sua vez, publicou uma série de tuítes em que, embora condenem a invasão, tentam justificar o ato, colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral americano. “Há que lamentar e condenar a invasão da sede do Congresso ocorrida nos EUA ontem. Há que investigar se houve participação de elementos infiltrados na invasão. Há que deplorar e investigar a morte de quatro pessoas incluindo uma manifestante atingida por um tiro dentro do Congresso”, escreveu.
Entretanto, de acordo com o chanceler, “há que reconhecer que grande parte do povo americano se sente agredida e traída por sua classe política e desconfia do processo eleitoral”. As dúvidas levantadas por Trump são endossadas por Bolsonaro, que também adota discurso semelhante para questionar a segurança das urnas eletrônicas no Brasil.
“Há que distinguir ‘processo eleitoral’ e ‘democracia’. Duvidar da idoneidade de um processo eleitoral não significa rejeitar a democracia”, prosseguiu o ministro das Relações Exteriores. “Ao contrário, uma democracia saudável requer, como condição essencial, a confiança da população na idoneidade do processo eleitoral. Duvidar da idoneidade de um processo eleitoral não significa rejeitar a democracia.”
Ainda segundo Araújo, “há que parar de chamar ‘fascistas’ a cidadãos de bem quando se manifestam contra elementos do sistema político ou integrantes das instituições”.
“Deslegitimar o povo na rua e nas redes só serve para manter estruturas de poder não democráticas e seus circuitos de interesse”, afirmou. “Há que perguntar, a propósito, por que razão a crítica a autoridades do Executivo deve considerar-se algo normal, mas a crítica a integrantes do Legislativo ou do Judiciário é enquadrada como atentado contra a democracia.”
“Nada nada justifica, numa democracia, o desrespeito ao povo por parte das instituições ou daqueles que as controlam”, afirmou o ministro de Bolsonaro.
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