Assessor de Bolsonaro depõe e deve ser indiciado por gesto racista
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Gesto de Filipe Martins foi adicionado a lista de símbolos de ódio pela Liga Antidifamação O assessor-chefe de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, está depondo neste momento à Polícia Legislativa do Congresso Nacional. Em 24 de março, o auxiliar do presidente Jair Bolsonaro irritou senadores durante audiência pública na Casa ao fazer um gesto de identificação de racistas que defendem a supremacia branca. Na ocasião, alguns parlamentares interpretam o gesto como obsceno.
Segundo fontes da cúpula do Congresso, Martins deve ser indiciado pelo órgão por causa do episódio.
Na semana passada, os senadores também aprovaram um voto de censura contra o assessor, a partir de sugestão do senador Fabiano Contarato (Rede-ES). Na justificativa, Contarato escreveu que o gesto feito por Martins foi “completamente inadequado”, “desrespeitoso” e “quiçá criminoso”. O aceno com uma das mãos apareceu ao fundo da transmissão de uma fala do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Assessor especial da Presidência da República Felipe Martins dá palestra no Instituto Rio Branco
Arthur Max/MRE
Logo após o ocorrido, o líder da oposição na Casa, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), chamou atenção para o fato e pediu providências. O aceno feito pelo assessor lembra a representação de “OK”, mas, segundo a Liga Antidifamação, organização que monitora crimes de ódio nos Estados Unidos, ganhou nova conotação para grupos neonazistas e suprematistas brancos.
Por isso, o gesto foi adicionado recentemente a uma lista de símbolos de ódio. A forma arredondada entre o indicador e o polegar, que também é um emoji popular, foi classificado como “uma verdadeira expressão da supremacia branca”. Isso porque os três dedos esticados simbolizam a letra “w” de white (branco), enquanto o círculo formado significaria a letra “p” de power (poder).
Após a repercussão, o assessor afirmou em suas redes sociais que estava ajustando a lapela do terno.
Filipe Martins é um dos principais integrantes da chamada ala “ideológica” do governo e foi promovido a assessor-chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (Sae) da Presidência da República no ano passado. Ele é próximo dos filhos de Bolsonaro e um dos principais auxiliares do presidente, tendo o acompanhado em diversas de suas missões ao exterior.
No mesmo dia em que ocorreu o episódio, Pacheco determinou a abertura de investigação pela Polícia Legislativa do Senado e pela Secretaria-Geral da Mesa do Senado. Para o senador, o gesto de Martins pode representar “um convite à manifestação e à ação de grupos supremacistas brancos, tradicionalmente conhecidos por sua violência e virulência”.
Contarato também ressalta que o ato poderia estar associado ao crime de incitamento à discriminação com base em raça e etnia, previsto na legislação.
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