a
Todos os direitos reservados 2023
Cardoso Advogados Associados
.
CNPJ 24.723.912/0001-50

9:00 - 18:00

Abrimos de Segunda - Sexta.

(21) 3189-6625

Aguardamos pelo seu contato

Search
Menu

China zera financiamento à América Latina em 2020

Cardoso Advogados Associados > Blog Cadv  > Artigos Jurídicos  > Legislação  > China zera financiamento à América Latina em 2020

China zera financiamento à América Latina em 2020

[ad_1]


Foi o primeiro ano desde 2006 em que Pequim não emprestou dinheiro para governos da região por meio de seus bancos Em 2020 a China não fez nenhum empréstimo para a América Latina e Caribe. Foi o primeiro ano desde 2006 em que Pequim não emprestou dinheiro para governos da região por meio de seus bancos. Segundo analistas, a pandemia e a deterioração das condições financeiras dos países contribuíram para isso, o que fez a China ficar mais cautelosa e menos disposta a financiar governos e projetos arriscados.

China zera financiamento à América Latina em 2020
valor
Ao analisar empréstimos do Banco de Desenvolvimento da China (CDB) e do Banco de Exportação e Importação (Eximbank) — bancos estatais que mais emprestam à América Latina — relatório do centro de estudos Inter-American Dialogue, de Washington, e da Universidade de Boston mostra que não foram emitidos novos financiamentos para governos nem empresas da região em 2020. O estudo diz que “a capacidade da China de oferecer financiamento de Estado para Estado “foi afetada pela pandemia, que também dificultou a execução de grandes projetos de infraestrutura” na região.
A pandemia acelerou um processo que vinha ocorrendo nos últimos cinco anos. Desde 2016, o total de empréstimos chineses para a região vêm caindo de forma acelerada. Segundo o China-Latin America Finance Database, do Inter-American Dialogue, os empréstimos chineses para a América Latina foram de US$ 21,5 bilhões em 2015 para US$ 1,1 bilhão em 2019.
“Também por causa da pandemia governos latino-ameicanos não estavam particularmente interessados em promover grandes projetos de infraestrutura”, afirma Margaret Myers, diretora do programa de Ásia e América Latina no Inter-American Dialogue e uma das autoras do relatório.
Por outro lado, argumenta Myers, bancos chineses estão mais voltados para a Iniciativa do Cinturão e da Rota (Belt and Road Initiative, BRI) em setores como tecnologia e saúde, que ganharam força no ano passado com temas como 5G e vacina contra a covid-19.
Nos últimos anos, esse tipo de financiamento pela China encontrou dificuldades, como atraso de obras, projetos de baixo retorno e deterioração das condições financeiras de países que não conseguem pagar a dívida com Pequim.
A Venezuela é o principal exemplo. O país foi destino de 45% do total de US$ 136 bilhões de empréstimos de bancos chineses desde 2005, mas não recebe nada de Pequim desde 2017, segundo dados do Inter-American Dialogue.
Pepe Zhang, do Centro para América Latina Adrienne Arsht, do Atlantic Council, afirma que desde 2015 houve uma curva de aprendizagem da China, que agora está mais cautelosa.
“Certamente, a piora econômica desses países tem um peso importante nas decisões do governo chinês. Além de menos empréstimos para esses governos, Pequim passou a exigir projetos de maior qualidade, que sejam sustentáveis e deem retorno”, diz. “Essa aprendizagem vem antes mesmo da pandemia. A China quer colocar seu dinheiro onde for economicamente mais interessante.”
Em fevereiro de 2020, o Ministério do Comércio da China e o CDB emitiram um comunicado no qual ressaltam que a alta qualidade de projetos e das empresas seria levada em conta para a aprovação de financiamento de baixo custo e empréstimos para capital de giro.
Em contraste com empréstimos entre Estados, via bancos públicos chineses, os fundos conjuntos — como o Fundo de Investimento em Cooperação Industrial China-América Latina e Caribe (CLAI) e o Fundo de Cooperação China-América Latina e Caribe (CLAC) — deram seguimentos a projetos também durante a pandemia. Em abril de 2020, o CLAI financiou a aquisição da distribuidora de energia peruana Luz del Sur pela chinesa Yangtze Power.
“Parte disso deve-se ao fato de os fundos envolverem empresas chinesas e não empréstimos entre Estados”, afirma Zhang. “Além disso, esse tipo de financiamento tem como foco áreas específicas, como energia, infraestrutura e transporte.”
Em 2021 dificilmente haverá retomada forte dos empréstimos no âmbito Estado-Estado da China para a região, diz Zhang, mas negociações em curso indicam alta em relação ao ano passado.
Myers lembra que o governo chinês ofereceu US$ 1 bilhão para ajudar governos da região a usarem suas vacina contra a covid-19 e há negociações em curso com o Equador para um novo empréstimo de US$ 2,4 bilhões.
Pela primeira vez desde 2006, Pequim não fez nenhum empréstimo para governos ou empresas da América Latina. Pandemia e maior cautela da China nos financiamentos externos explicam a queda.

[ad_2]

Source link

No Comments

Sorry, the comment form is closed at this time.