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Com pandemia, confiança do consumidor tem forte queda em maio, nota FGV

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Com pandemia, confiança do consumidor tem forte queda em maio, nota FGV

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Resultado reflete tanto de recrudescimento da pandemia em todo o país como o colapso do sistema de saúde em várias cidades, justifica a entidade O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 9,8 pontos em março, para 68,2 pontos, o menor nível desde maio de 2020 (62,1).
“A forte queda da confiança dos consumidores é resultado do recrudescimento da pandemia de covid-19 em todo o país e do colapso do sistema de saúde em várias cidades. A campanha de imunização do Covid-19 no país segue lenta, enquanto o número de hospitalizações e mortes por dia avança rapidamente, levando estados e municípios a adotar medidas de restrição à circulação de pessoas. Os consumidores percebem a piora da situação econômica atual com sérios riscos ao emprego e à renda e são também afetados psicologicamente pelo medo de contrair a doença e pela necessidade de isolamento social”, diz Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens da FGV, em comentário no relatório.

Dado Galdieri/Bloomberg
Em março, houve piora tanto da percepção dos consumidores em relação ao momento presente quanto das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 5,5 pontos, para 64 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) despencou 12,3 pontos, para 72,5 pontos. “Nota-se, portanto, que a queda no ICC no mês está atrelada de modo mais significativo ao aumento do pessimismo com respeito às expectativas para os próximos seis meses”, observa a FGV.

Entre os quesitos que medem o grau de satisfação com a situação atual, o indicador que mede a percepção dos consumidores em relação à situação econômica geral diminuiu 3,7 pontos em março, para 70,3 pontos, menor valor da série iniciada em setembro de 2005. Seguindo a mesma tendência, o indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais caiu 7 pontos, para 58,5 pontos, o menor nível desde abril de 2016 (56,8).

Com relação às expectativas, o indicador que mede as perspectivas para a economia nos próximos meses foi o que mais contribuiu para a queda da confiança e em março ao cair 15 pontos, para 92,1 pontos, menor patamar desde maio de 2020 (91,3 pontos). Em razão do pessimismo em relação ao ambiente econômico, os consumidores projetam uma situação difícil para as finanças familiares nos próximos meses, com baixa de 7,9 pontos no indicador de referência, que recuou 82,3 pontos, menor nível desde junho de 2020 (80,3 pontos). As perspectivas negativas aumentam a cautela dos consumidores e reduzem seu ímpeto para compras. O indicador que mede o ímpeto de compras de duráveis caiu 12,6 pontos, para 46,6, o nível mais baixo desde junho de 2020 (37,6).

A análise por faixas de renda revela piora da confiança em todas as faixas de renda, mas com maior intensidade nas famílias de renda mais baixa. Entre famílias com renda até R$ 2.100, o ICC despencou 11,8 pontos em março, para 63,5 pontos. Os valores registrados para todas as faixas de renda em março são os menores desde maio de 2020.

O levantamento coletou informações de 1.644 domicílios entre os dias 1º e 20 de março.

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