Doria reúne FHC, Temer e Sarney em ato pró-vacina
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), reuniu os ex-presidentes Michel Temer, Fernando Henrique Cardoso e José Sarney em um ato pró-vacinação realizado no início da tarde de hoje no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
O ato contou presencialmente com Fernando Henrique. Temer e Sarney tiveram participação remota, por meio de um telão.
Reprodução Youtube
Adversário de Jair Bolsonaro e protagonista da guerra da vacina travada com o presidente, que tem mantido postura negacionista, Doria negou que o evento tivesse propósito político e disse se tratar de ato institucional. Indagado sobre a forma como o Itamaraty tem conduzido as negociações com a China em busca de insumos para a vacina produzida pelo país asiático em parceria com o Instituto Butantan, o governador procurou contemporizar.
“Não quero polemizar com o Itamaraty. A China foi sempre muito correta na relação com o governo do Estado [de São Paulo]. A diplomacia cabe ao governo federal. A nossa relação com a China sempre foi profícua e proveitosa”.
Fernando Henrique Cardoso também se desviou de perguntas de cunho político e disse que o caráter do encontro foi institucional e pró-vacinação.
“O Brasil conta com instituições competentes. Temos o Butantan e a Fiocruz como exemplos. Os governos são menos importantes, eles são transitórios. Mas para sair dessa pandemia não basta, é preciso que cada um cuide de si”, afirmou.
Temer também ratificou o caráter institucional da reunião. “Não pode haver nenhuma disputa em relação às vacinas, venham de onde vierem, desde que testadas e aprovadas. Tomar os cuidados todos. Quem sabe em brevíssimo tempo possamos reduzir sensivelmente o número de internados e de óbitos.”
“Quero cumprimentar vossa excelência por fazer esse encontro. Acho mesmo que o combate ao vírus é tão importante quanto a economia. A vida não volta e a economia se recupera. Nós estamos esperando a vez para que possamos ser vacinados”, disse.
O ex-presidente José Sarney lembrou que na década de 1980 se alertava sobre a possibilidade de surgirem doenças complexas e sem cura.
“Estamos vivendo agora o perigo da realização dessa profecia. Resta a esperança para vencer esta tragédia, a vacinação. Que deve ser feita com a colaboração de todos. É hora de juntarmos esforços para dizer à população brasileira que colabore com as autoridades sanitárias. Aproveito a oportunidade para louvar o idealismo e a obstinação do governador João Doria nesta luta”, afirmou.
Convite a Lula e Dilma
Doria disse que também convidou os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff a participar do evento. Segundo Doria, o convite a Lula foi feito por intermédio do prefeito de Araraquara, Edinho Silva, ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência. “O ex-presidente Lula declinou educadamente do convite”, disse Doria. Já sobre Dilma, o governador não explicou como foi feito o contato com a ex-presidente. E disse que ela também recusou o convite “educadamente”, assim como também o fez o ex-presidente Fernando Collor, de acordo com o governador paulista.
Na quinta-feira passada, Dilma publicou uma nota em seu site em que afirmou que foi convidada a tomar a vacina Coronavac em evento no Palácio dos Bandeirantes hoje. “É inaceitável furar fila, que deve ser estritamente respeitada por todos os brasileiros”, afirmou. Procurada, a assessoria de Doria negou que oferta de vacina tenha sido feita a Dilma ou aos outros ex-presidentes e reiterou que o convite teve caráter institucional com propósito de dar suporte público à vacinação contra a covid-19.
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