Estaremos juntos no segundo turno, diz Tatto sobre Boulos em SP
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Candidato do PT à Prefeitura de São Paulo descartou um eventual acordo com o PSDB
Divulgação/Arquivo
Com apenas 5% das intenções de voto segundo o Datafolha, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou neste domingo que “com certeza” estará junto de Guilherme Boulos (Psol) no segundo turno. Boulos tem 15% das intenções de voto e aparece em segundo lugar nas pesquisas. Tatto descartou um eventual acordo com o PSDB do prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas, que lidera as pesquisas, com 33%.
“Estaremos juntos, com certeza”, disse Tatto , em relação a Boulos. “Estamos no mesmo campo. Com certeza vai me apoiar e a recíproca é verdadeira. Isso está colocado”, afirmou o petista, depois de votar na capital.
Tatto sinalizou um eventual apoio ao candidato do PSB, Márcio França, no segundo turno, ao afirmar que eles têm em comum um eleitorado progressista, mas afastou-se de Covas e disse que “não tem sentido” um acordo com o tucano. “A gente tem divergência forte em relação ao PSDB no Estado”, disse. O petista minimizou as dificuldades eleitorais registradas nas pesquisas e afirmou que “tudo pode acontecer” na eleição deste domingo. “O PT é partido de chegada”.
O candidato do PT ironizou ainda a queda de Celso Russomanno (Republicanos) nas pesquisas. Apoiado pelo presidente Bolsonaro, Russomanno começou a campanha eleitoral na liderança, com 27% das intenções de voto no início de outubro, antes do início da propaganda eleitoral, mas sua candidatura desidratou e chegou a 11%. Ao mesmo tempo, a rejeição do candidato subiu e marca 50% — mesmo percentual dos eleitores que rejeitam a gestão Bolsonaro na cidade.
“Já temos grande derrotado que é Bolsonaro e seu candidato. Não deu certo. Russomanno toda campanha comete um grande erro. Ele cometeu o erro de se aliar a Bolsonaro.”
Pior desempenho
Com a candidatura de Tatto, o PT pode registrar neste domingo seu pior desempenho eleitoral. O mais baixo percentual de votos válidos do partido na capital paulista foi registrado em 2016, na candidatura à reeleição de Fernando Haddad, que recebeu 16,7%. João Doria (PSDB) foi eleito no primeiro turno com Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição neste ano. Na época, o PT tinha acabado de passar pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Em 1998, Luiza Erundina, atual vice de Boulos (Psol), teve 36,78% dos votos válidos e tornou-se a primeira prefeita petista em São Paulo. Na eleição seguinte, Eduardo Suplicy registrou 30,68% e disputou o segundo turno contra Paulo Maluf (PP), que venceu. Em 1996, Erundina tentou um novo mandato, recebeu 24,5% dos votos válidos no primeiro turno e foi para o segundo turno, mas perdeu para Celso Pitta, então apoiado por Maluf. Quatro anos depois, Marta Suplicy, então filiada ao partido, teve 38,13% no primeiro turno e venceu a disputa no segundo contra Maluf.
Em 2004, Marta tentou a reeleição em 2004 e recebeu 35,82% dos votos no primeiro turno, mas perdeu no segundo turno para José Serra (PSDB). Marta foi derrotada no segundo turno de 2008 para Gilberto Kassab (PSD), mas registrou no primeiro 32,79%. Sem nunca ter disputado um mandato, Fernando Haddad chegou a 28,98% dos votos válidos no primeiro turno de 2012 contra José Serra e ganhou no segundo com forte apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Cristianizado
Antes mesmo de as urnas serem contabilizadas, Tatto já recebeu a “culpa” do desempenho eleitoral do PT em São Paulo. Pela manhã, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou apoio ao voto útil ao candidato do Psol na capital, Guilherme Boulos, e afirmou que foi uma decisão de Tatto não apoiar o aliado do Psol em São Paulo.
Lula relatou o encontro na terça-feira da presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), com Tatto para tratar do apoio do petista a Boulos antes do primeiro turno, e creditou ao candidato a decisão de não desistir da disputa – indicando que a culpa por uma eventual derrota será de Tatto. O ex-presidente reforçou que havia uma demanda do próprio PT para que Tatto desistisse e apoiasse Boulos na reta final da campanha.
“Gleisi cumpriu o papel como presidente do partido. Ela foi demandada, ela foi procurada, ela fez o que deveria fazer como presidente. Ela procurou o candidato”, disse Lula neste domingo, ao relatar o encontro com Tatto. “Ela disse que dependia única e exclusivamente dele [desistir]. Ninguém poderia dizer o que ele deveria fazer, era coisa dele”, continuou o ex-presidente. “O candidato disse que vai continuar, que vai continuar e isso era somente ele que poderia falar. Eu acho que foi uma atitude correta dela, de procurar o partido para conversar, e uma atitude soberana dele, de dizer que não ia retirar a candidatura”, afirmou o ex-presidente, depois de votar em São Bernardo do Campo.
Lula defendeu o movimento feito por centenas de apoiadores do PT, inclusive lideranças do partido, de apoiar Boulos. “Algumas pessoas do partido fizeram esse movimento sem depender da direção. Intelectuais, figuras importantes fizeram um documento de adesão a Boulos bem antes de a campanha começar. Temos que respeitar, porque as pessoas são livres para escolherem seus candidatos”, afirmou o ex-presidente.
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