Estudo do HC mostra efetividade de até 73,8% da Coronavac entre profissionais de saúde
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Mais de 20 mil profissionais foram vacinados Estudo realizado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) demonstrou eficiência de 50,7% a partir de duas semanas e de 73,8% a partir de cinco semanas após a vacinação completa do imunizante do Instituto Butantan (Coronavac) contra o coronavírus.
Os mutirões de vacinação no complexo hospitalar do HC, o maior da América Latina com oito institutos, foram realizados nos dias 18 e 21 de janeiro para a primeira dose, e em 14 e 16 de fevereiro, para a segunda. Mais de 20 mil profissionais foram vacinados.
A pesquisa levou em conta os casos sintomáticos de funcionários comparados com a curva observada no município de São Paulo durante o mesmo período.
Foi possível observar que o número de casos registrados no HC após a vacinação não acompanhou a tendência de crescimento exponencial da doença observado na capital paulista. Em 2020, antes de haver vacina disponível, as ocorrências de covid-19 mantiveram o mesmo padrão tanto no HC quanto no município de São Paulo, de acordo com o estudo.
Na terceira semana de janeiro, quando a vacinação foi iniciada no HC, a cidade de São Paulo registrou 16,2 mil novos casos de covid-19, enquanto no complexo de saúde houve 51. Já na última semana de março foram registrados 23,9 mil casos na capital paulista, contra 46 no HC.
Se a tendência de crescimento de casos no município fosse a mesma no complexo, a expectativa no HC seria superior a 175 ocorrências de covid-19 na última semana de março, mas, com a vacinação, o número observado foi 73,8% inferior, aponta o estudo.
“Nesse estudo, falamos em efetividade da vacina porque é uma aplicação na vida real, diferente do que é realizado nos ensaios clínicos, que avaliam a eficácia em condições específicas e consideradas ideais”, explica, em nota, a chefe da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do HC-FMUSP, Anna Sara Levin. Segundo ela, o estudo nos funcionários do do complexo “é fundamental porque corrobora os resultados obtidos nos estudos clínicos do Butantan”.
A pesquisa também avaliou a ocorrência das consideradas variantes de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dentre 142 amostras analisadas aleatoriamente, 67 foram identificadas como variantes, das quais 57 do Amazonas (P1), cinco do Reino Unido (B.1.1.7) e outras cinco que não puderam ser identificadas pelos métodos utilizados no estudo.
Coronavac
Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
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